Os smartwatches já não servem apenas para ver as horas ou contar passos. Segundo um novo estudo europeu promovido pela Huawei e conduzido pela Ipsos, estes pequenos dispositivos estão a ter um impacto real na saúde dos utilizadores e até nas decisões clínicas. Prova disso é o número impressionante de 93% dos profissionais de saúde que já receberam doentes motivados por alertas dos seus smartwatches.
Mas há mais boas notícias: mais de 80% dos utilizadores referem melhorias nos seus hábitos de sono, exercício e bem-estar geral, desde que começaram a usar um relógio inteligente.
Um novo aliado na saúde do dia a dia
O Inquérito Europeu sobre os Comportamentos Relacionados com a Saúde de 2025 mostra que cada vez mais europeus estão conscientes da relação entre o estilo de vida e a saúde. E os wearables estão a ser um incentivo eficaz para melhorar a forma como comemos, dormimos, nos mexemos e até como respiramos.
Entre os que usam smartwatches, quatro em cada cinco mudaram comportamentos para melhor. E não estamos só a falar de contagem de passos: há quem vigie a tensão arterial, o ritmo cardíaco, os níveis de oxigénio no sangue e até faça eletrocardiogramas em casa — funcionalidades disponíveis nos modelos mais avançados.
Cada vez mais profissionais de saúde reconhecem o valor dos wearables como complemento ao acompanhamento médico: 80% já recomendam o seu uso aos doentes. Os dados mais relevantes continuam a ser os que revelam sinais precoces de doenças cardíacas, diabetes ou hipertensão. Mas também valorizam a maior atenção dos doentes ao seu próprio corpo.
Curiosamente, os utilizadores valorizam outros aspetos: priorizam a gestão do sono, da hidratação e da alimentação. Uma diferença de foco que, com a ajuda da tecnologia, poderá em breve começar a equilibrar-se e a criar uma “ponte” entre o conhecimento técnico e a experiência pessoal.
A atividade física é o indicador mais seguido pelos utilizadores, mas o coração está a ganhar protagonismo: 53% monitorizam o ritmo cardíaco diariamente, e 46% consideram a saúde cardiovascular a função mais importante do smartwatch.
Com base nestes dados, os especialistas acreditam que os smartwatches podem tornar-se ainda mais relevantes para a prevenção de doenças cardíacas, sobretudo graças a novas tecnologias como a análise da variabilidade do ritmo cardíaco (HRV) — um sinal precoce de desequilíbrios no sistema nervoso autónomo, com impacto direto no envelhecimento saudável.
“A tecnologia wearable está a redefinir a forma como cuidamos da nossa saúde”, afirma Andreas Zimmer, responsável de produto da Huawei. E os dados parecem dar-lhe razão: quem usa um smartwatch está mais atento, mais informado e mais predisposto a adotar um estilo de vida saudável.
Num momento em que todos queremos viver mais e melhor, os smartwatches surgem alegadamente como ferramentas valiosas de autocuidado, não para substituir os médicos, mas para nos aproximar da saúde de forma mais simples, mais personalizada e mais preventiva.