O problema? Apesar de promovido como símbolo do orgulho americano, o Trump T1 já não diz ser “Made in USA”.
O Trump T1, com acabamento dourado e nome bem visível, era anunciado inicialmente como um produto 100% americano. Mas o slogan “fabricado nos EUA” desapareceu discretamente do site oficial. Agora, a descrição é mais vaga: o telefone tem um “design orgulhosamente americano” e “mãos americanas por trás de cada dispositivo”.
Na prática, porém, muitas das peças são provavelmente importadas — algo que vários especialistas apontam, realçando que o preço de 499 dólares (cerca de 426 euros) é demasiado baixo para as especificações anunciadas se fosse de fabrico norte-americano.
Segundo o site The Verge, as especificações do Trump T1 incluem:
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Ecrã de 6,25 polegadas
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256 GB de armazenamento
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12 GB de RAM (segundo publicidades anteriores)
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Câmaras traseiras de até 50 MP e câmara frontal
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Sensor de impressões digitais no ecrã e desbloqueio facial por IA
Está disponível para pré-encomenda com um sinal de 100 dólares, e a entrega foi adiada de Setembro para “ainda este ano”. Será vendido com plano da rede Trump Mobile, por cerca de 40,50 euros por mês.
Apesar de um porta-voz de Trump insistir que o telefone continua a ser fabricado nos EUA, há dúvidas quanto à origem real dos componentes. Recorde-se que outros produtos da marca Trump — como as polémicas bíblias “God Bless the USA” — foram produzidos na China, apesar da retórica patriótica.
Numa altura em que Trump ameaça empresas como a Apple com tarifas de 25% por produzirem fora dos EUA, o seu próprio telemóvel está longe de ser um exemplo de coerência industrial. É mais ouro falso do que ouro verdadeiro?