A diferença entre os pés de quem usa habitualmente saltos altos para os de quem usa calçado rasteiro é evidente, mas um estudo realizado pela Universidade de Hanseo, Coreia do Sul, investigou como estas mudanças acontecem.
Os investigadores selecionaram 10 mulheres da mesma universidade que estudam em turmas diferentes para serem hospedeiras de bordo e são obrigadas a usar saltos altos para ir às aulas, pois forem contratadas por uma companhia aérea daquele país onde terão de usar este tipo de sapato.
O resultado do estudo é surpreendente.
Os investigadores descobriram que as jovens do segundo e terceiro ano apresentaram alguns músculos do tornozelo mais fortes do que as caloiras ou as veteranas. No entanto percebeu-se que conforme o tempo de uso se alonga este ganho é perdido e cai um nível abaixo, inclusive, das caloiras.
A pesquisa sugere que isso ocorre porque o tornozelo se adapta ao uso do calçado e apresenta o ganho de força, mas com o passar do tempo perde o que foi ganho, causando um desequilíbrio entre os músculos laterais e posteriores e anteriores do tornozelo, aumentando o desequilíbrio, o risco de quedas e também de lesão noutros grupos musculares.
Apesar de preocupante, os investigadores afirmam que não é preciso deixar de usar saltos altos.
É sim preciso praticar alguns exercícios específicos para fortalecer os músculos.
Um das dicas é fazer elevações de calcanhar simples: ficar descalça e elevar o seu corpo apoiando-o nos dedos do pé. Outro exercício recomendado é o contrário das elevações: na beira de um degrau de escada, por exemplo, deixe o calcanhar descer abaixo do nível do degrau para depois subir. Outra dica para evitar o desequilíbrio é tirar os saltos enquanto está sentada.