Atingir os 50 anos de idade é para muitos um momento significativo das suas vidas. Meio século de existência, de convivência com os outros, de sucessos profissionais, de família. Chegar a esta idade parece inevitavelmente gerar uma necessidade de reflexão, um desejo de olhar para o caminho percorrido até então, celebrando as conquistas.
No entanto, nem sempre esta experiência de relembrar o passado é tão positiva. Frequentemente existem alguns arrependimentos que marcam a nossa vida. Como é óbvio nenhuma vida é perfeita, cometemos erros, injustiças, e nem sempre aprendemos a lidar eficazmente com estes sentimentos.
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Um estudo publicado em 2014 no USA Today, revelava que entre 1 000 adultos com mais de 60 anos, apenas 17% não sentiam quaisquer arrependimentos. Este número revela o quão fácil é sentirmo-nos algo insatisfeitos com o trajeto da nossa vida.
Este tipo de dúvidas e de arrependimentos podem acabar por “assombrar” a nossa vida e impedir-nos de viver tranquilamente. O nosso bem-estar emocional é facilmente afetado por este tipo de pensamentos, pelo que se torna essencial aprender a lidar melhor com os mesmos.
É tempo de libertar-se de alguns destes temas e de compreender que a sua vida ainda lhe reserva muitas surpresas. A meia idade pode representar um novo começo; aproveite-o da melhor forma.
Eis 10 dos arrependimentos mais frequentes das pessoas com mais de 50 anos.
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Não ter estudado mais
A ideia de passar mais tempo numa sala de aula a estudar e a realizar testes pode não parecer muito apelativo a toda a gente, no entanto este é um dos arrependimentos mais frequentes das pessoas que atingem a meia idade. Uma investigação publicada em 2008 no Personality and Social Psychology Bulletin, pareceu confirmar que não ter investido em mais oportunidades educativas é umas das fontes de maior arrependimento e frustração após os 50.
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Não ter concretizado mais coisas
Este é sem dúvida um tema subjetivo, no entanto a ideia de que “podia ter feito mais” é algo que assombra a vida de muitas pessoas. Temos certas expectativas para a nossa vida que nem sempre se concretizam. Muitas vezes acabamos por sofrer por não ter aproveitado melhor certas oportunidades, acabando por desejar ter feito algo diferente ou melhor.
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Não ter obtido o “emprego de sonho”
Ser despedido ou ver uma determinada candidatura ser rejeitada nunca nos faz sentir bem. No entanto, o que parece ser ainda pior é não ter sequer tentado. Tal como confirma um estudo de 2016, um dos principais arrependimentos das pessoas com mais de 50 é não ter assumido maiores riscos profissionais.
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Trabalhar demasiado
Gostamos de acreditar que se trabalharmos muito iremos acabar por atingir os nossos objetivos. Infelizmente isto nem sempre acontece. Pelo caminho fica muito sofrimento associado ao excesso de trabalho e stress. Depois dos 50 anos muitos se arrependem de não ter aproveitado melhor o seu tempo, não priorizando suficientemente o convívio com os familiares e amigos.
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Não ter poupado mais
Não é a atividade mais divertida e entusiasmante, mas a verdade é que ir poupando algum dinheiro ao longo dos anos pode fazer toda a diferença na fase final da sua vida. Os problemas financeiros são uma das coisas que mais afetam o bem-estar das pessoas, pelo que não ter tido a capacidade de poupar mais quando se era jovem é um dos maiores arrependimentos.
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Não viajar mais
Sendo certo que viajar pode ser um hábito dispendioso a verdade é que é igualmente uma das melhores coisas que pode fazer com o seu dinheiro. Estes tipos de experiências enriquecem a sua vida. Não é assim de estranhar que 56% dos participantes do estudo da Allianz sobre este tema tenham referido que gostariam de ter viajado mais.
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Não ser mais aventureiro e espontâneo
Para uns ser espontâneo e ter um espírito aventureiro é algo natural, no entanto para outros isto pode ser algo assustador. É frequente arrependermo-nos de não ter tomado maiores riscos, de não termos aceite certos convites de última hora ou de não termos tido a coragem de fazer algo ligeiramente irresponsável, mas tremendamente divertido.
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Não ter passado mais tempo com os pais
Infelizmente temos um número de anos limitado para conviver com os nossos pais. Sendo certo que quando somos mais jovens parecemos desejar uma maior independência e afastamento, a verdade é que acabamos por assumir esta relação como garantida, não cuidando dela o suficiente. Muitas pessoas acabam por se arrepender de não ter sido capazes de usufruir mais da presença dos seus pais, sobretudo quando se tornaram adultos.
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Deixar de cuidar de certas amizades
O emprego, os compromissos familiares e o nosso cansaço parecem determinar que vamos tendo progressivamente menos tempo para estar com os nossos amigos. Apesar disto é essencial que procure continuar a assegurar que estes convívios continuam frequentes, como forma de não gerar um maior arrependimento no futuro. É comum acabarmos por desejar ter cuidado melhor de certas amizades fundamentais para o nosso bem-estar.
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Esconder a sua personalidade
Passamos grande parte da nossa vida a ser incapazes de viver o nosso verdadeiro “eu”. Seja porque o nosso ambiente profissional não o permite ou porque não temos a coragem de expressar os nossos verdadeiros sentimentos junto de estranhos, a verdade é que acabamos por passar demasiado tempo a fingir ser outra pessoa. Não ser capaz de ser mais autêntico, independentemente das circunstâncias, é um arrependimento demasiado frequente.