Ao longo das décadas diversos historiadores e antropólogos têm-se dedicado a estudar a cultura e a história do povo que habita a Ilha da Páscoa. Esta é uma das regiões mais isoladas de todo o planeta. Localizada na Polinésia Oriental (a cerca de 3,7 mil Km do Chile) esta misteriosa ilha é conhecida sobretudo pelas cerca de 887 estatuas gigantes de pedra que habitam na ilha.
Denominadas como Moai, estas impressionantes estruturas de pedra cativam há centenas de anos a atenção dos visitantes. Ninguém sabe exatamente como foram construídas ou como foram movimentadas pelo povo nativo da ilha. A maioria tem cerca de 4 metros de altura e pesam diversas toneladas.
Eis apenas um conjunto de factos interessantes que permitem esclarecer alguns dos mitos e mistérios mais associados a esta região.
- A ilha também é conhecida por Rapa Nui
Em 1722 no domingo de Páscoa, o navegador holandês Jacob Roggeveen tornou-se o primeiro europeu a atracar nesta remota ilha polinésia. Atribuiu-lhe o nome “Paasch-Eyland” que significa literalmente “Ilha da Páscoa”, em homenagem do feriado religioso. No entanto a ilha é igualmente conhecida pelo nome “Rapa Nui” que é utilizado sobretudo pelos habitantes nativos da ilha. Existe alguma discussão relativamente ao facto de este ser ou não o nome original da ilha.
- A água é incrivelmente transparente
Os visitantes poderão banhar-se naquela que é considerada uma das águas mais transparente de todo o Globo. A beleza das águas desta zona do oceano pacifico é reconhecida por todos. Em particular a água que rodeia a Ilha da Páscoa oferece uma visibilidade impressionante. É tão transparente que é possível ver até 50-60 metros de profundidade. Esta região é assim ideal para a prática de mergulho e pesca submarina.
- Ninguém sabe exatamente qual o significado das estátuas
Não existe um consenso generalizado sobre este tema, sendo, portanto, um dos principais mistérios da ilha. Alguns defendem que povo de Rapa Nui esculpiu estas estruturas de pedra como forma de homenagear os antepassados. O facto de os Moais estarem posicionados face ao interior da ilha parece significar uma ideia de proteção que se estabelece entre todos os habitantes (vivos ou antigos). Adicionalmente algumas destas estátuas têm uma estrutura de pedra em forma de chapéu no topo das suas cabeças, algo que é considerado pelos especialistas como uma expressão de poder, dando “força” à teoria de que se tratam de antepassados admirados.
Antes de a Ilha da Páscoa ser reconhecida pela UNESCO em 1995 como Património Mundial, muitos foram os colecionadores que retiraram Moais desta ilha. É assim possível encontrar estas estruturas em museus como Louvre em Paris, ou o British Museum em Londres.
- Os Moais têm os seus corpos enterrados debaixo de terra
Desde as escavações iniciais em 1914 que os arqueologistas descobriram que as icónicas estátuas de pedra têm todo um corpo que se encontra enterrado. No entanto maioria do público apenas conhece a cabeça destas enormes estruturas. Mais recentemente, em 2012, as fotos de uma escavação de 1950 começaram a circular online, permitindo que muitos pela primeira vez contemplassem o quão grande é a estrutura que se encontra debaixo de terra.
- Ninguém percebe como os nativos foram capazes de movimentar os Moais pela ilha
Porventura o principal mistério associado à Ilha da Páscoa continua a ser a forma como os nativos foram capazes de transportar os Moais, tendo em conta que alguns deles tiveram que ser deslocados mais de 18 km sem o auxílio de rodas, guindastes ou animais.
Os cientistas têm desenvolvido várias teorias que procuram explicar o fenómeno. Muitos acabaram por concluir que terá sido usado uma combinação de troncos rolantes, cordas e pequenas rampas de madeira para transportar as estátuas. Outros defendem que poderá ter sido possível movimentar as pedras apenas com o uso de cordas e a força de muitos (muitos) homens.