Momentos de introspeção passageiros e esporádicos podem ser saudáveis, mas o isolamento social crónico afeta a saúde.
Vários estudos realizados sugerem que a solidão a o isolamento social crónico estão associados a doenças mentais e físicas.
Listámos quatro boas razões para evitar longos períodos de isolamento e assim não deixar que a solidão tenha consequências para a sua saúde.
Sistema imunológico enfraquecido
Um estudo conjunto das universidades da Califórnia e de Chicago, nos Estados Unidos, publicado em 2015 no jornal científico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), investigou o efeito celular da solidão em humanos e macacos. A conclusão foi que o sentimento de isolamento pode diminuir a eficácia do sistema imunológico na proteção contra diversas doenças comuns.
Hipertensão
Um estudo anterior da Universidade de Chicago, publicado na revista Psychology and Aging em 2010, concluiu que as pessoas que vivem sozinhas têm maior probabilidade de virem a sofrer de hipertensão. Por seu turno, a hipertensão está associada a um maior risco de derrame, ataques de coração, problemas nos rins e demência.
Doenças cardiovasculares
Nicole Valtorta, da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, estudou a ligação entre solidão e o maior risco de doenças e expôs à BBC três hipóteses, psicológica, biológica e comportamental, que podem explicar essa conexão.
As pessoas que vivem a solidão como um sentimento crónico têm um maior risco de desenvolver depressões e doenças mentais (hipótese psicológica). Quem vive só e desenvolve as doenças referidas irá sofrer perturbações nas suas rotinas de sono e potenciar outras doenças (hipótese biológica).
A terceira hipótese é a comportamental, que sugere que as pessoas, quando isoladas, podem adotar comportamentos prejudiciais à saúde, como fumar, comer demais ou praticar pouco exercício físico.
Morte prematura
Segundo um estudo da Universidade Brigham Young, dos Estados Unidos, publicado em 2015 no jornal da Association for Psychological Science, o isolamento social e a solidão estão associados a um aumento de 30% no risco de morte prematura.
Outra conclusão foi a de que os adultos de idade profissionalmente ativa «têm um risco maior de mortalidade quando sofrem de solidão crónica ou vivem sozinhos, comparativamente a idosos com as mesmas características».