Com insuficiência cardíaca, o coração não bombeia o sangue tão bem quanto deveria, o que pode dar origem a falta de ar e um acumular de líquido nos pulmões, pernas e abdômen.
O estudo realizado por investigadores da Montpellier University Hospital, em França, analisou 1420 pessoas com insuficiência cardíaca crónica e analisou o seu peso corporal e a temperatura do ar entre um de junho e 20 de setembro de 2019, durante o qual se verificaram duas ondas de calor.
«Usamos um sistema nacional de telemonitoramento para recolher de forma remota informações sobre o peso e os sintomas, com os pacientes a pesarem-se diariamente, relatando também todos os sintomas como edema [inchaço], fadiga, falta de ar e tosse, com respostas enviadas automaticamente através de um dispositivo», referem os autores.
«Considerando o peso, a temperatura ambiente no dia e a temperatura dois dias antes da medição do peso, encontrámos uma forte relação entre temperatura e peso, com o peso caindo à medida que a temperatura aumentava», revelam, acrescentando que «a conexão mais forte foi encontrada com as temperaturas dois dias antes da medição do peso».
De acordo com os cientistas, «estes resultados indicam a importância dos sistemas de telemonitoramento precisarem de alertar os médicos sobre a perda de peso em pacientes com insuficiência cardíaca, pois isso requer que os medicamentos sejam reajustados».
O ideal é que se entre em contato com o médico caso o peso diminua 2 quilos durante uma onda de calor, alertam.