Portugal tem sido palco de greves, nomeadamente na área da educação. Paralisações regionais que começaram no dia 16 de janeiro, em Lisboa, vão passar por todas as capitais de distrito e terminar no Porto a 8 de fevereiro. Os professores protestam contra a desvalorização profissional, refere a Euronews, «as greves têm um papel histórico enquanto direito social na Europa. Acontecem por todo o continente, geralmente para reivindicar melhores salários e condições laborais».
O número de dias de trabalho usados em greves oscila muito de ano para ano. «Analisamos, em primeiro lugar, as tendências em períodos mais extensos», refere a Euronews.
«De acordo com o Instituto Sindical Europeu, o top de países com mais greves não tem sido constante nos últimos 20 anos».
Entre 2000 e 2009, Espanha registou a mais elevada média anual de dias de protesto – 153 por mil empregados. Seguiu-se a França, com uma média de 127. A Dinamarca (105 dias) ficou em terceiro lugar.
No fundo da tabela está Portugal, a par da Alemanha, com apenas 13 dias de paralisação a cada ano. Estados como os Países Baixos, a Suíça e a Polónia usaram menos de dez dias em greves.
«De 2010 a 2019, Chipre tomou o primeiro lugar, tendo registado uma média anual de 275 dias de greve por mil empregados. A França voltou a ocupar a segunda posição, com um número semelhante ao registado no período anterior – 128 dias».
Em todos os outros países da Europa para os quais havia dados disponíveis, a média anual foi inferior a 100 dias de paralisação. Mais de 15 Estados, inclusive Portugal (com 14 dias), tiveram menos de 20 dias de greve por ano, refere a Euronews.