O escritor norte-americano Paul Auster está em tratamentos por causa de um cancro diagnosticado em dezembro, revelou hoje a mulher do autor, a escritora Siri Hustvedt, avança a Lusa.
Numa mensagem na rede social Instagram, Siri Hustvedt explica que Paul Auster foi diagnosticado com cancro em dezembro passado, depois de vários meses doente, estando atualmente a fazer tratamentos de quimioterapia e imunoterapia em Nova Iorque.
“Tenho vivido num lugar ao qual passei a chamar ‘Cancerland’ [país do cancro, em tradução livre]. Muita gente atravessou as suas fronteiras, ou porque esteve ou está doente, ou porque ama alguém, um parente, um filho, cônjuge ou amigo que tem ou já teve cancro”, escreveu a autora.
Romancista, ensaísta, argumentista, Paul Auster tem 76 anos e uma extensa obra literária que está publicada em mais de 40 línguas.
Em janeiro deste ano publicou “Bloodbath Nation”, inédito ainda no mercado português, com fotografia de Spencer Ostrander, no qual reflete sobre a violência nos Estados Unidos e a relação dos norte-americanos com as armas.
Em Portugal, Paul Auster tem grande parte da obra literária publicada, em particular os romances, como “Mr. Vertigo”, “Palácio da Lua”, “Música do Acaso”, “Leviathan”, “Trilogia de Nova Iorque”, “Timbuktu”, “O livro das ilusões”, “As loucuras de Brooklyn”, “O homem na escuridão” e “4 3 2 1”, com o qual foi finalista ao Booker Prize.
Assinou a realização de um par de filmes, o último dos quais “A vida interior de Martin Frost” (2007), rodado parcialmente em Portugal.
Paul Auster foi já amplamente reconhecido, nomeadamente o Prémio Médicis, o International Dublina Literary Award ou o Prémio Príncipe das Astúrias.