Embora as doenças reumáticas sejam frequentemente mais associadas a uma população envelhecida, estas patologias não escolhem sexo nem idade.
Esta associação está parcialmente correta se falarmos de osteoporose, por exemplo, que implica a perda de massa óssea a alterações hormonais relacionadas com a idade. No entanto, existem muitos outros tipos de doenças reumáticas que surgem em qualquer idade e até na infância e na juventude, como são os casos das artrites idiopáticas juvenis.
O desconhecimento sobre estas doenças faz com que uma grande parte dos doentes reumáticos não tenha o seu problema diagnosticado, o que representa uma ameaça à saúde, visto que o atraso na deteção da doença e tratamento pode comprometer o prognóstico.
Segundo a Sociedade Portuguesa de Reumatologia, apesar de mais de metade dos portugueses apresentar pelo menos um sintoma de doença reumática, pouco mais de 20% têm um diagnóstico ou acompanhamento médico.
Embora não haja cura para estas doenças, o tratamento adequeado alivia muito os sintomas e atrasa a evolução da patologia. No entanto, o facto de se associar este tipo de condição aos idosos faz com que muitos desvalorizem de forma generalizada sinais típicos. A Sociedade Portuguesa de Reumatologia reforça, por isso, a importância da valorização dos sintomas, ainda que em pessoas jovens.