O início da menopausa marca um período certo para um olhar mais atento em relação à saúde óssea.
Na menopausa, há uma queda nas concentrações hormonais na mulher, essenciais para amanutenção regenerativa dos ossos. Assim, quando a mulher entra na menopausa, há a necessidade de se avaliar (juntamente com o seu ginecologista) a possibilidade de reposição hormonal para evitar perda óssea. Além do aspeto hormonal, deve-se ter uma atenção especial na alimentação (fontes de cálcio e vitamina D) e no estilo de vida (evitar sedentarismo, consumo excessivo de álcool, cigarro).
Muitas doenças possuem uma forte relação com o histórico familiar, levando à uma maior propensão do indivíduo desenvolver certas patologias.
A osteoporose é uma doença caracterizada por perda da massa óssea decorrente do desiquilibrio entre formação/absorção óssea. Existem inúmeras patologias e medicamentos que podem levar à osteoporose. No tocante à hereditariedade, existem algumas alterações genéticas que podem aumentar o risco de osteoporose (ex.: genes que codificam o recetor da vitamina D), alterações genéticas que afetam a regulação hormonal (ex.: variação no gene codificador do recetor de estrógeno), alterações genéticas que afetam o remodelamento ósseo (ex.: alterações nos genes que codificam osteoprotegerin) e osteogenesis imperfecta. Normalmente, não há um estudo genético focado na osteoporose. Entretanto, no diagnóstico, a densitometria óssea é o exame mais indicado para avaliar a densidade óssea.
Por falar em herança genética, há mulheres que apresentam histórico familiar de menopausa precoce.
Na menopausa precoce, a avaliação ginecológica é extremamente importante, pois as baixas concentrações hormonais na idade adulta irão impactar negativamente no balanço da formação/absorção óssea. Nesse cenário, a mulher deve ter atenção redobrada nos aspetos alimentar e estilo de vida.