É, por isso, um setor em crescimento e o Clube de Autores, a maior plataforma de autopublicação em língua portuguesa, partilha as novas tendências para o mercado do livro em 2024:
Democratização absoluta da publicação: A autopublicação, impulsionada por plataformas gratuitas para autores, assume uma posição dominante. Autores independentes agora podem publicar tanto em formato impresso quanto digital, tendo à sua disposição redes de distribuição amplas, que conseguem ter um maior alcance do que as editoras tradicionais, o que representa uma revolução na acessibilidade e globalização das histórias.
O livro como tecnologia: A inteligência artificial, como é o caso do ChatGPT, está a transformar a indústria editorial, tendo já sido realizadas algumas experiências a esse nível. Atualmente, já existem sistemas que auxiliam o processo de tradução, o que torna tudo mais célere, permitindo um alcance mais global para autores e histórias mais plurais para leitores fluentes em praticamente qualquer idioma. Mas há muitos outros benefícios, desde a narração automatizada de histórias – ampliando decisivamente o acervo de audiolivros disponíveis ao público – até um novo formato, o ChatBook, que, ao unir o ChatGPT ao livro, permite que os leitores interajam e conversem, em tempo real, com cada personagem.
Audiolivros são o formato do momento: Em 2022, o mercado de audiolivros atingiu 4,9 milhões de euros, um número que é ainda mais notável com a previsão de crescimento de 26% ao ano, de 2023 até 2028. Isto pode ser explicado pelo facto de este ser um formato que permite o consumo de histórias em momentos diferentes, ao longo do dia, como por exemplo durante o trânsito ou a prática desportiva. Apesar de, até recentemente, os audiolivros terem um catálogo relativamente pequeno, isso começou a mudar com a tecnologia de narração automatizada, que inundou o mercado de títulos e alterou as perspetivas. Além disso, com a entrada do Spotify neste segmento, prevê-se que 2024 seja um ano com muito mais livros a serem ouvidos.