A Randstad acaba de apresentar os 50 destaques do terceiro trimestre de 2023, em Portugal. Neste estudo a Randstad analisou as estatísticas relativas ao mercado de trabalho e aos temas macroeconómicos que o influenciam e inclui os dados do mercado disponíveis até ao momento pelo Instituto Nacional de Estatística, o Instituto do Emprego e Formação Profissional, o Ministério do Trabalho, o Banco de Portugal e Eurostat.
“Esta análise tem como objetivo compreender de forma mais ampla a evolução do mercado de trabalho em Portugal. Acreditamos que é muito relevante analisar os vários destaques do trimestre porque nos permite consolidar ideias, perceber as oscilações no emprego e assim identificar pontos cruciais que permitam criar soluções e contribuir para o seu crescimento”, refere Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal.
Os principais indicadores relativos ao mercado de trabalho constatam que a população ativa aumentou em 28.300 pessoas durante o terceiro trimestre do ano e que 31,7% das pessoas ativas têm ensino superior. Foi também verificado um aumento no número de pessoas empregadas, em 26,8 mil, o que situou o número de profissionais em 5,02 milhões, atingindo um nível recorde de profissionais. Foi, contudo, registada uma diminuição no número de pessoas em regime de teletrabalho, que decresceu em 83 mil trabalhadores.
O perfil do emprego
A taxa de emprego total situou-se em 57,4% e a diferença entre homens e mulheres empregados aumentou face ao trimestre anterior, situando-se nas 49,5 mil pessoas. Em termos de faixas etárias, a análise mostra que 25,4% de todos os profissionais têm menos de 35 anos, enquanto que 24,0% têm mais de 55 anos. É na faixa entre os 35 e os 44 anos que se situam as maiores taxas de emprego (88,7%). Relativamente ao nível de estudos, 23,3% dos profissionais têm o ensino superior completo e a sua taxa de emprego é de 79,0%. A taxa de emprego dos profissionais com ensino secundário e pós-secundário está nove pontos abaixo.
A análise concluiu ainda que 4,29 milhões de pessoas trabalham por conta de outrem, das quais 82,5% têm contrato sem termo. Foi ainda verificado que 26,3% do total de empregados têm antiguidade superior a 20 anos e esta é a proporção mais baixa dos últimos três anos.
Em termos de emprego por região, foi concluído que o Alentejo tem a taxa de emprego mais baixa, situando-se nos 55,7% e o Algarve, com 60,1% tem a taxa de emprego mais alta. É na região Norte que está concentrado o maior número de profissionais, com 1,75 milhões.
A nível de profissões, é possível perceber que a indústria transformadora gera 16,3% do emprego do país, seguindo-se o comércio, que é a segunda atividade com mais profissionais (14,8%) e os serviços, onde os setores da educação e saúde empregam 17,8% do total de profissionais.
Também o desemprego registou um aumento, em 1.400 pessoas no terceiro trimestre de 2023, mas a taxa de desemprego manteve-se estável, em 6,1%, tendo apresentando uma diminuição para os homens (5,5%) e um aumento para as mulheres (6,7%). O desemprego aumentou nos grupos com ensino superior, básico, 3º ciclo e nenhum nível de escolaridade, mas 40,3% dos empregados não possuem ensino médio ou superior, o que dificulta a saída do desemprego.