Intitulada “After the Rain” (“Depois da Chuva”, em tradução livre), o certame de arte contemporânea, que decorre até 24 de maio, tem como diretora artística Ute Meta Bauer, que dirigiu o departamento de Arte e Cultura do MIT – Instituto de Tecnologia do Massachusetts, e como co-curadores Wejdan Reda, Rahul Gudipudi, Rose Lejeune e Anca Rujoiu.
Ângela Ferreira irá participar no projeto “Zip Zap Circus School” (2000-24), numa colaboração com o artista saudita Mohammad Alfaraj e a coreógrafa Nouf Salamah, fundadora do estúdio de dança Relevé, em Riad, que envolve a criação de uma nova performance desta estrutura, com crianças.
Nesta edição, o tema da bienal desenvolve-se numa “combinação de práticas como habitar, cultivar, colher, procurar e partilhar”, e apresenta obras “que se relacionam com o ‘continuum’ homem-natureza, examinam o ambiente construído, observam o estado das paisagens que nos rodeiam, contam histórias e incentivam-nos a ouvir mais atentamente”.
Nascida em 1958, em Maputo, Moçambique, Ângela Ferreira estudou artes plásticas na África do Sul, e obteve o grau de mestre na Michaelis School of Fine Art, na Universidade da Cidade do Cabo.
Atualmente vive e trabalha em Lisboa e leciona na Faculdade de Belas Artes, onde obteve o doutoramento, em 2016.
Com o seu trabalho, que se desenvolve sobretudo em torno do impacto do colonialismo e pós-colonialismo na sociedade contemporânea, representou Portugal na 52.ª Bienal de Veneza em 2007.
Na lista de artistas da bienal saudita contam-se ainda, do mundo lusófono, Paulo Tavares, arquiteto e investigador brasileiro que em 2017 criou a Agência Autonoma, uma plataforma dedicada à pesquisa e intervenção urbana, e que tem vindo a lecionar design e culturas visuais em várias universidades da América Latina.
Tavares é colaborador de longa data do coletivo Forensic Architecture, foi investigador do Canadian Center for Architecture (2018-2019) e co-curador da Bienal de Arquitetura de Chicago 2019.
Lusa