Este tipo de tumor tem elevada taxa de mortes porque o diagnóstico costuma ser demorado: a deteção é geralmente feita com endoscopia, quando aparecem os primeiros sintomas (dor ao engolir, dor no peito e náusea). Esses sinais, no entanto, só chegam quando a doença está num patamar avançado.
Com o objetivo de assistência ao doente, a comunidade científica tem-se dedicado a criar diagnósticos mais rápidos para o cancro de esôfago. Um deles é o EsoCheck, que procura aprovação na Food and Drug Administration (FDA, a agência reguladora de saúde dos Estados Unidos).
O novo teste consiste num dispositivo do tamanho de uma cápsula de vitaminas. A cápsula contém um balão, que é inchado e puxado do corpo, recolhendo pelo caminho as células necessárias para a análise laboratorial.
O exame permite identificar células pré-cancerosas em doentes que têm refluxo (um dos grupos de risco para este cancro), permitindo a realização de tratamento antes do desenvolvimento de sintomas.
Todo o processo leva apenas dois minutos e pode ser feito sem os doentes estarem sedados, o que costuma ocorrer na endoscopia, técnica mais conhecida de diagnóstico deste tipo de tumor.
Depois de cerca de 15 dias de análise em laboratório, o exame deteta dois tipos de células pré-cancerosas: as precoces e as tardias. Doentes que têm as primeiras são orientados a fazer acompanhamentos a cada 3 anos. Já os que têm células tardias fazem um pequeno procedimento (uma endoscopia com ondas radioterápicas), para destruir as células.