Partilhar

Por que temos vontade de comer doces quando estamos de mau humor?

Se tem esse hábito saiba porque ele acontece. E já agora convém evitar.

16 Março 2024
Sandra M. Pinto

As hormonas, mensageiras químicas presentes na corrente sanguínea, têm um papel essencial na regulação do equilíbrio do nosso organismo e, especialmente, da nossa alimentação, influenciando o apetite e escolhas alimentares, afirma Ana Rita Santos, nutricionista-coach PronoKal Group.

Comemos muitas vezes para nos premiarmos ou compensarmos as nossas necessidades emocionais. Tal acontece porque a comida liberta várias hormonas que geram prazer, relaxamento e bem-estar, podendo mesmo tornar a pessoa viciada em determinados alimentos. A dopamina, por exemplo, é libertada sempre que comemos algo que queremos muito, ativando as mesmas áreas que determinadas drogas no nosso cérebro.

Neste sentido, as hormonas permitem compreender a escolha de determinados alimentos quando as pessoas estão, por exemplo, nervosas ou irritadas. Quando estamos mais stressados, muitas vezes optamos por alimentos crocantes porque o movimento da mandíbula, ao mastigar, liberta um conjunto de hormonas que relaxam o corpo. Também os doces são muitas vezes os escolhidos nestes momentos por estarem associados a momentos felizes das nossas vidas.

Assim, torna-se importante compreendermos de que forma as hormonas regulam o apetite e o que potencia a sua libertação. As principais intervenientes são a insulina, a grelina, o cortisol, a leptina e o glucagon.

A insulina é libertada quando comemos hidratos de carbono ou quando estamos em jejum há mais de 4 horas. Em excesso, esta substância provoca o desejo de comer doces e potencia o acumular de gordura. A grelina, produzida no estômago, é a responsável por indicar quando temos fome e quando estamos saciados. Já o cortisol é ativado quando estamos em situações de stress, favorecendo o aumento de gordura abdominal e a retenção de líquidos. A leptina, produzida pelo tecido adiposo, indica ao organismo a necessidade de comer mais quando as reservas de gordura são baixas e de comer menos quando estas são elevadas. Por fim, o glucagon, a hormona contrária à insulina, atua quando ingerimos proteína, sendo por isso importante incluir este macronutriente nas refeições diárias.

Desta forma, é possível explicar, por exemplo, por que motivo temos vontade de comer doces quando estamos de mau humor: As hormonas são as culpadas! Os hidratos de carbono facilitam o transporte de uma substância chamada triptofano, importante para a produção de serotonina, o neurotransmissor do prazer e da felicidade. Isto leva a que o nosso corpo peça doces nestas situações.

Também as variações diárias do ciclo hormonal influenciam a nossa alimentação. Sabe-se que a atividade da insulina é máxima ao meio-dia e bastante reduzida após as sete horas da tarde. É por isso que é melhor ingerir hidratos de carbono ao meio-dia, como o pão, arroz e a batata, e ingerir apenas a proteína acompanhada de vegetais ao fim do dia.

Jantar depois das 21h30 altera o ritmo hormonal e produção da melatonina, a hormona do sono, que por sua vez destabiliza a insulina, favorecendo o aumento de açúcar no sangue e a gordura corporal.

No entanto, todas as pessoas são diferentes, o que poderá desencadear reações distintas. Ainda assim, partilho 3 dicas que, enquanto nutricionista, implemento junto dos meus pacientes, e que eu própria me esforço por seguir diariamente:

Fazer uma dieta «hormonalmente» correta, ou seja, incluir proteínas em todas as refeições do dia, pois esta estimula a secreção de glucagon, a hormona contrária à insulina, o que equilibra o açúcar no sangue. Desta forma, evitam-se os picos que nos fazem comer doces para compensar a falta de açúcar.
Evitar a comida de conforto, por norma nada saudável. Para isso, o melhor é adaptar o paladar à necessidade. Por exemplo, quando fizer um bolo, corte na quantidade de açúcar. Assim, em tempos de fraqueza emocional, terá a possibilidade de satisfazer o desejo e, ao mesmo tempo, dosear a ingestão de açúcar.
Em momentos de grande ansiedade, o que funciona melhor é combinar uma fonte de proteína e cálcio, por exemplo um iogurte, com uma fruta da estação, rica em fibras, vitaminas e minerais. A combinação da proteína do iogurte com o sabor fresco da fruta ajuda-nos a sentir saciados sem o consumo excessivo de calorias.

Mais Recentes

«Este é o signo que tem maiores hipóteses de se tornar milionário», revela estudo

há 51 minutos

Nunca compre estas coisas em segunda mão

há 4 horas

Jamais tenha a tentação de guardar estas coisas na casa-de-banho

há 4 horas

A água lava tudo, ou quase: jamais a use para limpar estes objetos

há 5 horas

Em forma depois dos 50 anos: ponha em pratica estas dicas

há 5 horas

Middlemist Vermelha: conheça a flor mais rara do mundo (só existe em dois países)

há 5 horas

Coma apenas um pedaço desta fruta por dia e acrescente anos à sua vida

há 5 horas

Quase 4.500 euros é quanto custa este hambúrguer: o mais caro do mundo

há 6 horas

Especialistas alertam: «não consuma este tipo leite; é um dos mais prejudiciais»

há 6 horas

Óbito: Morreu o socialista João Cravinho

há 6 horas

Há uma razão clara para Trump adorar palhinhas de plástico; e não tem nada a ver com sucção

há 6 horas

Nutricionistas revelam a última coisa que comem e bebem antes de dormir: algumas surpreendem

há 6 horas

Este objeto doméstico comum em todas as casas atrai (mesmo) as baratas

há 7 horas

Ralph Fiennes surpreende com transformação corporal ‘incrível’ aos 62 anos

há 7 horas

Acabou-se a discussão: as 6 regras para colocar a louça na máquina de lavar

há 7 horas

Turismo: reclamações sobem 24% no primeiro trimestre

há 8 horas

Memórias de infância, portugalidade e influências asiáticas: conheça a nova carta do chefe Ricardo Costa

há 9 horas

Autenticidade, hospitalidade e bem-estar de excelência: conheça o “novo” Vilalara

há 9 horas

Aproveite a Páscoa e experimente fazer uma escapadinhas de autocaravana

há 9 horas

5 erros que se cometem ao tomar Ozempic (ou Wegovy) e que podem sabotar os resultados

há 10 horas

Subscreva à Newsletter

Receba as mais recentes novidades e dicas, artigos que inspiram e entrevistas exclusivas diretamente no seu email.

A sua informação está protegida por nós. Leia a nossa política de privacidade.