“Revolução (sem) sangue” é um filme de ficção, baseado em factos reais e na vida de cinco pessoas que morreram nos dias da ‘revolução dos cravos”.
As pessoas retratadas são Fernando Giesteira, João Arruda, Fernando Reis e José Barneto, que tinham entre 18 e 38 anos e que morreram alvejados pela PIDE/DGS, na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa, sede daquela polícia política do Estado Novo.
A eles junta-se ainda António Lage, funcionário da PIDE/DGS, que foi baleado por um militar.
“O nosso filme mostra como a nossa revolução foi importantíssima e determinante, mas também conta aquela parte de – caramba! – mesmo assim houve cinco jovens que tinham muitos sonhos programados que viram esses sonhos terminados”, disse o realizador Rui Pedro Sousa à agência Lusa, em outubro passado, durante a rodagem.
Segundo a produtora Filmesdamente, o filme está ancorado na recolha de informações dadas por familiares, por intervenientes do 25 de Abril de 1974, pelos historiadores António Araújo e Irene Pimentel e pelos jornalistas Fábio Monteiro e Jacinto Godinho.
No retrato das cinco vítimas, a produção contou com o apoio e o consentimento da maioria das famílias, exceto dos herdeiros de José Barneto, por falta de consenso entre familiares, o que limitou a abordagem à vida deste homem, explicou o realizador.
Segundo Rui Pedro Sousa, o arco temporal da narrativa é entre 23 e 30 de abril de 1974, mas o ponto central é o tiroteio no dia da revolução.
O filme, que é a primeira longa-metragem de Rui Pedro Sousa, é protagonizado por Rafael Paes, Lucas Dutra, Helena Caldeira, Diogo Fernandes e Manuel Nabais, contando com outros intérpretes.
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Lusa/fim