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Opinião: «O mito da obesidade saudável», por Gil Faria, cirurgião

Gil Faria, cirurgião especialista em Cirurgia da Obesidade e Metabolismo, Coordenador dos Centros de Tratamento da Obesidade do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, e do Grupo Trofa Saúde. Professor da FMUP e investigador clínico na área da Cirurgia Metabólica e Obesidade

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Há dias, deparei-me num dos fóruns de uma das redes sociais com um desabafo de um doente com obesidade a partilhar a sua decisão de não prosseguir com a cirurgia metabólica. Justificava-se dizendo que, apesar de ter obesidade, era saudável e tinha medo dos riscos das complicações associadas à cirurgia.

Esta é uma dúvida legítima e importante, mas que nasce em dois erros conceptuais importantes. Em primeiro lugar, a ideia da “Obesidade saudável”, que é um mito. A obesidade é, em si própria, uma doença com impacto na qualidade de vida, na autoestima, nas interações sociais e com um impacto significativo na mortalidade precoce. Um doente com obesidade, ainda que não tenha outras doenças associadas, mantém um risco mais elevado de diversos tipos de cancro, de patologia osteoarticular degenerativa, de complicações cardiovasculares e uma diminuição da esperança de vida de 2-3 anos. Os doentes com obesidade, ainda que sem doença metabólica associada, têm um risco global de morte 80% superior a um indivíduo não obeso e um risco de sofrer um evento cardiovascular fatal que é mais do dobro de um indivíduo com peso normal.

Portanto, ter obesidade e ser saudável são duas realidades incompatíveis.

Em segundo lugar, decidir não fazer nada… é fazer alguma coisa. É compreensível o receio associado à decisão de efetuar um tratamento invasivo (com riscos, embora que pequenos). Mas é necessário perceber que a decisão de não tratar a obesidade de forma eficaz comporta, em si mesmo, riscos numa magnitude muito superior. É permitir que se mantenham e se agravem todos os riscos associados à obesidade que, mais cedo ou mais tarde, vão “cobrar” a sua presença. Este estado de “obesidade saudável” é quanto muito transitório, sendo que a maioria dos indivíduos acaba por agravar a sua obesidade e sofrer com as doenças metabólicas associadas. E os indivíduos com obesidade grave e doença metabólica podem ver a sua esperança de vida reduzida em 10 a 17 anos.

Atualmente, a cirurgia metabólica é o tratamento mais eficaz para a obesidade, com perdas de peso sustentadas e duradouras, e possibilitando o controlo das doenças associadas. É o único tratamento que comprovadamente reduz o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e o risco de mortalidade precoce. As cirurgias são extremamente seguras, com taxas de complicações muito baixas e recuperações progressivamente mais rápidas e indolores. O objetivo da cirurgia metabólica é a regulação do distúrbio metabólico que causa a obesidade e não apenas a redução do peso. Pesando os riscos e os benefícios, para os doentes com

obesidade moderada a grave, é a intervenção em saúde com maior impacto e aquela com melhor relação custo/benefício.

Por vezes, somos consumidos pelas dúvidas e pelos receios das consequências das nossas ações, mas não podemos esquecer que a inação, com a manutenção de um estado de doença, é uma decisão em si própria. E, habitualmente, com muito mais riscos do que aqueles que conseguimos estimar. Cada vez mais se comprova que a cirurgia metabólica salva vidas. Não deixe que se perca essa oportunidade!

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