Especialistas consideram que 80% das pessoas com vida sexual ativa terão contato com este vírus em algum momento da vida. Embora esta percentagem seja muito elevada, o motivo de alarme é relativo porque, como afirma Beatriz Torres, chefe do Grupo de Trabalho de Residentes e Jovens Especialistas da Sociedade Espanhola de Médicos Gerais e de Família (SEMG) , «80% destas infecções são temporárias sendo o corpo capaz de eliminá-las nos anos seguintes à infecção».
A má notícia é que o HPV está associado a «lesões pré-malignas que podem acabar por desenvolver vários tipos de cancro, não só do colo do útero, como tem sido classicamente associado, mas também da vulva, do pénis ou da orofaringe. Além de outras lesões não neoplásicas como condilomas ou verrugas genitais».
Outro problema deste vírus reside no facto de ser muito contagioso e, além disso, a maioria dos casos não produz sintomas, por isso as pessoas infectadas não percebem que o têm e, pelo mesmo motivo, não avisam os outros.
Os especialistas destacam a importância de «trabalhar para reduzir a prevalência da referida infecção com campanhas de prevenção de IST , vacinação contra o HPV tanto em homens como em mulheres, bem como sensibilizar para o rastreio do cancro do colo do útero».
Estima-se que 30% das mulheres com menos de 30 anos sejam portadoras do HPV, pelo que é mesmo importante apostar na informação. Apesar das elevadas percentagens de contágio desta infecção, as pessoas ignoram dados básicos sobre a mesma. Por exemplo, é transmitido através do “contato pele a pele (mesmo sem penetração) com uma pessoa infectada pelo HPV”. além do contato das mucosas através de relações sexuais sem preservativo, sexo anal, vaginal e oral.