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Filme sobre Lisboa realizado por Bêka & Lemoine já tem data e local de estreia

A dupla de artistas Bêka & Lemoine, que inaugura na quarta-feira a maior exposição do seu projeto “Homo Urbanus”, com filmes sobre 13 cidades, no museu do Centro Cultural de Belém, vai estrear em março um filme sobre Lisboa.

15 Outubro 2024
Forever Young com Lusa

“O filme [‘Homo Urbanus Lisboetus’] vai começar a ser rodado muito em breve”, disse a realizadora e artista Louise Lemoine, questionada pela agência Lusa no final da visita de imprensa à exposição da nova temporada do Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural de Belém (MAC/CCB).

No mesmo dia também será inaugurada a mostra ”Hestnes Ferreira – Forma | Matéria | Luz”, dedicada à obra do arquiteto português, baseada no seu processo de trabalho, dominado pelo desenho a carvão e pela experimentação da arquitetura, numa organização da Fundação Instituto Marques da Silva.

Em “Homo Urbanus. Uma Odisseia Cidamatográfica de Bêka & Lemoine”, com curadoria de Justin Jaeckle, Ila Bêka e Louise Lemoine, são apresentadas mais de 13 horas de filmes sobre outras tantas cidades, entre Veneza, Rabat, Doha, Mumbai e Tóquio, colocando o ênfase na relação entre as pessoas e o espaço público.

“Esta é uma oportunidade de mostrar os filmes do projeto iniciado em 2017, mas também estamos gratos por o museu ter considerado interessante propor dar um passo mais no seu desenvolvimento e, nesse sentido, a exposição vai produzir um filme sobre Lisboa, com alguns aspetos e lugares”, indicou a artista francesa da área do design e da arquitetura.

Juntamente com o artista italiano Ila Bêca, Lemoine tem viajado por todo o mundo para observar as particularidades das cidades como ecossistema, realçando o que chamaram de “Homo Urbanus”, que terá no MAC/CCB a maior exposição de sempre do projeto, que ficará patente até 20 de abril de 2025.

Em 05 de março, contam lançar o filme “Homo Urbanus Lisboetus” sobre a capital portuguesa, que será ainda incluído nesta exposição, tornando-se a 14.ª cidade do projeto: “Estamos a ver os lugares em Lisboa que poderão ser interessantes para fazer as filmagens”, apontou.

“O filme deverá ter um formato pequeno. Os formatos divergem de cidade para cidade, e dependem também do nosso tempo disponível, mas queremos continuar uma relação nova com as cidades para manter a surpresa. Estamos a percorrer Lisboa para podermos criar um trabalho o mais espontâneo possível”, avançou Lemoine.

Nas salas da exposição estão montados ecrãs gigantes e canapés para o público poder sentar-se ou deitar-se e assistir a cenas do quotidiano das cidades, com a vida dos seus habitantes e viajantes, acedendo a hábitos, regras sociais e culturas locais captados pelos realizadores.

“Cada cidade tem um caráter, uma identidade que tentamos descobrir. Por exemplo, as crianças usam o espaço público. Há cidades onde vemos muitas crianças na rua, noutras não vemos porque é considerado perigoso”, indicou Ila Bêca, questionado pela Lusa sobre o processo de trabalho do projeto.

Inicialmente, a metodologia é igual para todas as cidades, mas à medida que vão observando, selecionam algum lugar ou perspetiva especiais, acrescentou o artista que, em conjunto com Louise Lemoine trabalha há mais de vinte anos com variados suportes, incluindo vídeo, instalação, fotografia e o livro.

Em 2016, o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA, na sigla original) adquiriu toda a sua filmografia até àquela data, composta por 16 filmes, intitulada “Living Architectures”.

A meio da exposição “Homo Urbanus” foi colocado um gráfico – em forma de mapa mental – usado habitualmente como guião dos filmes, e nele surgem as ligações entre conceitos e atividades tão diferentes como ouvir, espaço partilhado, imersão, comédia humana, stress, ecologia, luz, ordem pública, temporalidade, subjetividade e geografia emocional.

“O processo de trabalho neste projeto foi evoluindo ao longo do tempo, porque a nossa sensibilidade foi mudando também e sendo refinada. Observamos como as pessoas vivem coletivamente e usam o espaço público, e como estes aspetos imateriais tornam cada cidade especial. É um projeto muito importante para nós”, adicionou Louise Lemoine.

Sobre o trabalho de investigação e reflexão dedicado às cidades, os dois artistas sustentam que não procuram defender uma tese, nem dar conclusões na sua obra, “antes, como nos documentários, aprender com a experiência”.

“Tentamos perceber exatamente sobre o que é um espaço, observando, olhando com atenção. É um lugar de interpretação. Propomos dar uma visão muito abrangente. As cidades são organismos tão complexos e mudam muito. É como uma performance. Podemos captar isso num instante, em dias, em semanas”, acrescentou a realizadora.

O MAC/CCB inaugura também na quarta-feira a exposição com uma leitura da obra do arquiteto Raul Hestnes Ferreira (1931–2018), comissariada por Alexandra Saraiva, com Patrícia Bento d’Almeida e Paulo Tormenta Pinto.

Nas maquetas de alguns dos seus projetos – como a Escola Secundária José Gomes Ferreira ou do Instituto Superior Ciências Trabalho Empresa (ISCTE) – nota-se como Hestnes Ferreira foi influenciado pela arquitetura mediterrânica, a estética escandinava, nomeadamente pelos arquitetos Aalto, Asplund e Lewerenz, e sobretudo pela formação ao lado de Louis Kahn, em Filadélfia, nos Estados Unidos.

O seu trabalho ficou marcado pela simplicidade e neutralidade de ambientes definidos pela ausência de ornamentação e pela clareza das formas, sublinharam as curadoras, durante a visita de imprensa à exposição, hoje realizada.

”Hestnes Ferreira – Forma | Matéria | Luz” inclui ainda um programa de visitas aos projetos, e ficará patente até 13 de abril de 2025.

Hestnes Ferreira recebeu vários prémios, incluindo o Valmor (2002), o Prémio Nacional de Arquitetura e Urbanismo (1982) e o doutoramento honoris causa pela Universidade de Coimbra.

AG // MAG

Lusa/Fim

 

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