O resultado foi obtido através da análise de 198 transplantes feitos no país, com vista à expansão da prática para reduzir listas de espera. Os investigadores relatam que os resultados são semelhantes, independentemente do órgão doado ser de uma pessoa com ou sem o vírus da SIDA.
Os participantes eram seropositivos, tinham insuficiência renal e concordaram em receber um órgão de um seropositivo ou seronegativo falecido — o critério dependia do rim que ficasse disponível primeiro. Os recetores foram acompanhados durante quatro anos e as taxas de sobrevivência global eram elevadas, enquanto as taxas de rejeição foram baixas.
“Isto demonstra a segurança e os resultados fantásticos que estamos a ver com estes transplantes”, afirma o coautor do estudo, Dorry Segev.
Caso a alteração às regras de transplantes se aplique também a dadores falecidos, estas entrarão em vigor no próximo ano.
“Não só podemos ajudar aqueles que vivem com esta doença, como também libertamos mais órgãos em todo o conjunto de órgãos para que aqueles que não têm VIH possam obter um órgão mais rapidamente”, frisa Carrie Foote, que é seropositiva e dadora de órgãos. “É uma situação em que todos ganham”, acrescenta.