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Alterações climáticas e comportamento potenciam vírus e bactérias

As alterações climáticas e o comportamento humano são os fatores que mais têm contribuído para a disseminação e aumento global de vetores, uma tendência que só será revertida com prevenção, indica um relatório.

“Só a implementação de medidas [por causa das alterações climáticas] de prevenção e controlo integrado destas doenças , de forma multissetorial, numa perspetiva de uma só saúde (One Health) e envolvendo ativamente a população, permitirá reverter esta tendência”, diz o documento, o 1.º Relatório Saúde e Ambiente, do Observatório Português da Saúde e Ambiente.

No documento nota-se que Portugal tem feito progressos importantes na vigilância clínica e laboratorial dos casos de doenças relacionadas com a qualidade da água, mas a vigilância ambiental destas ainda é incipiente, “não havendo um programa nacional de vigilância ambiental, que poderia facilitar a elaboração duma melhor gestão de risco e atuação”.

A verdade é que, indica o documento a que a Lusa teve acesso e que vai ser hoje apresentado publicamente na Fundação Gulbenkian em Lisboa, em 2023 houve um aumento de infeções (em relação a 2022) provocadas pelo Campilobacter (que provoca febres e diarreias) e doença dos legionários. Portugal não faz a monitorização das infeções pelo Norovírus (provoca diarreia, vómitos e febre), que é já feita a nível de outros países da Europa.

O relatório alerta que a poluição do ar, da água, dos plásticos, de pesticidas e de outros contaminantes é atualmente o maior fator de risco para a mortalidade global. E salienta que em 2024 foi encontrada uma associação entre nanoplásticos e aterosclerose, com os plásticos a potenciar o risco de AVC e morte súbita.

Apesar de provado o impacto do plástico na saúde humana, e do “alarmante” crescimento do seu uso, há pouca monitorização do grau de contaminação, sendo também necessário dar mais importância à indústria têxtil. Sendo conhecida a relação entre a poluição do ar e as doenças respiratórias, no relatório nota-se que o dióxido de nitrogénio deve ser responsável por 2.280 casos de asma por ano e que entre 12.800 e 32.000 pessoas vão às urgências devido ao ozono, e que até 14.400 o fazem devido às micropartículas.

Na água, os impactos da poluição para a saúde também são preocupantes, informa o relatório, segundo o qual o aumento da temperatura média da água potencia a contaminação microbiológica ou química. E preocupante é também a poluição das águas superficiais e subterrâneas devido às atividades agrícolas e industriais. E impacto negativo na saúde deverá ter também a exposição humana prolongada a produtos químicos, seja no ambiente, nos alimentos ou na água, seja nos variados produtos de consumo (têxteis, artigos de higiene…).

Mas, acrescenta o Observatório, o impacto dos fatores ambientais na saúde estende-se ainda aos efeitos diretos das temperaturas extremas, das inundações, secas, incêndios, migrações e conflitos. Dos incêndios resulta, além da mortalidade direta, uma mortalidade causada pela exposição a partículas finas. Estima-se que os incêndios de 2017 tenham causado um total de 189 mortes, correspondendo a 3.092 anos de vida perdidos, com um custo de 360 milhões de euros. E apesar do aumento da frequência, intensidade e duração das ondas de calor, não existem medidas de mitigação, nem de proteção específica para os grupos em situação de maior vulnerabilidade.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que fatores ambientais já são responsáveis por cerca de uma em cada quatro mortes em todo o mundo, especialmente em doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, doenças diarreicas, infeções respiratórias das vias aéreas inferiores, cancro, doença pulmonar obstrutiva crónica, alergias, saúde materno-infantil, doenças transmitidas por vetores e zoonoses, entre outras.

Em Portugal, segundo dados de 2021, estima-se que 8% das mortes e 4% do total de anos perdidos por incapacidade estiveram relacionadas com a poluição do ar, temperaturas extremas e outros aspetos ambientais.

LUSA

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