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Dia Mundial da Saúde: Insatisfação dos utentes aumentou com mais de 1200 queixas no primeiro trimestre

No primeiro trimestre do ano, foram dirigidas às entidades de saúde públicas e privadas mais de 1.200 reclamações, um crescimento na ordem dos 5% face ao mesmo período de 2024.

7 Abril 2025
Sandra M. Pinto
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Assistência médica inadequada ou recusada, dificuldade de marcação de consultas, elevados tempos de espera estão entre os principais motivos de reclamação dos utentes. Os prestadores de saúde privados absorvem o maior volume de queixas e a entidade mais reclamada é o grupo CUF. No setor público, os centros de saúde são o alvo mais visado.

 

Em Portugal, a insatisfação dos utentes com os prestadores de cuidados de saúde do sistema público e do sistema privado continua a aumentar, aferiu um estudo com base nos dados do Portal da Queixa efetuado pela Consumers Trust Labs por ocasião do Dia Mundial da Saúde, que se assinala a 7 de abril.

 

Entre os dias 01 janeiro e 31 março de 2025, foram registadas no Portal da Queixa 1.233 reclamações relacionadas com a área da Saúde, um crescimento de 5,4% em comparação com o mesmo período de 2024, onde se observaram 1169 queixas contra o setor da Saúde.

Segundo a análise, entre os principais motivos de reclamação dos utentes dirigidos às entidades de saúde do setor público está o mau atendimento, onde são reportados casos de assistência médica inadequada ou recusada (40% das queixas); a dificuldade de marcação de consultas (16%); falhas na assistência médica (15%) e os elevados tempos de espera (4%).

Relativamente ao sistema privado, a motivar a insatisfação sobre os prestadores de cuidados de saúde estão, sobretudo, queixas por assistência médica inadequada (17%); a falta de stock medicamentos nas farmácias(16%); os elevados tempos de espera (15%) e as falhas na assistência médica a gerar 14% das reclamações geradas no primeiro trimestre.

 

Sistema privado é o mais reclamado

De acordo o estudo, verificou-se que o sistema privado é o mais visado, ao ser alvo de 767 reclamações durante o primeiro trimestre, registando uma variação de crescimento de 6,2%, em relação ao mesmo período de 2024, onde foram participadas 723 queixas. No sistema público, observa-se a mesma tendência de subida (4.7%), resultado das 466 reclamações apresentadas este ano, face às 446 registadas no período homólogo do ano passado.

 

Prestadores de saúde mais visados

No SNS, os centros de saúde recolheram a maior fatia de queixas (35%). Já no setor privado, entre as unidades hospitalares, o grupo CUF foi o mais visado (41%) e na subcategoria clínicas, a Unilabs foi a mais invocada nas reclamações (14%). Na subcategoria farmácias e parafarmácias, a Wells, marca de saúde e bem estar do grupo Sonae, foi a mais reclamada (42%).

 

Especialidade com mais queixas

No estudo, foram ainda identificadas as especialidades de saúde – do setor público e privado – que reúnem o maior número de reclamações e que evidenciam áreas críticas onde a experiência do utente continua fragilizada. A Pediatria e a Obstetrícia são as especialidades mais mencionadas pelos utentes nas ocorrências. Seguem-se os serviços de Oftalmologia, Ortopedia e Urologia. Destacam-se ainda os problemas referentes a Cirurgia, reportados em 27% das queixas deste ano.

 

De referir que para este estudo foram analisadas 12 subcategorias de prestadores de saúde do sistema público e privado. Das 1.233 reclamações que chegaram ao Portal da Queixa, 69% foram registadas por utentes do género feminino e 31% pelo género masculino. Entre as faixas etárias que mais se queixaram, destacam-se as pessoas entre os 35-44 anos, responsáveis por 27% das reclamações geradas no primeiro trimestre deste ano.

 

Pedro Lourenço, fundador do Portal da Queixa, explica que: “Este estudo visou identificar os principais fatores de insatisfação dos utentes, avaliar a performance das instituições de saúde e destacar áreas críticas para melhoria da experiência do consumidor no setor da saúde em Portugal. O relatório permitiu identificar um cenário de instabilidade preocupante no setor e problemas estruturais que continuam por resolver.”

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