Partilhar

Hiperglicemia: conheça a condição que levou à morte da atriz Michelle Trachtenberg

Dois meses após a morte da atriz de 39 anos, a causa foi finalmente revelada

17 Abril 2025
Sandra M. Pinto
Actress Michelle Trachtenberg arrives at the 2011 Film Independent Spirit Awards in Santa Monica, California February 26, 2011. REUTERS/Danny Moloshok (UNITED STATES - Tags: ENTERTAINMENT) - RTR2J5QG / Actress Michelle Trachtenberg arrives at the 2011 Film Independent Spirit Awards in Santa Monica / X01907 / © Danny Moloshok / Reuters / FILM-SPIRITS/ / ENT / :rel:d:bm:GF2E72Q1KO801 / Santa Monica

​A atriz Michelle Trachtenberg, conhecida pelo seu papel de Georgina Sparks em “Gossip Girl” e de Dawn Summers em “Buffy, a Caçadora de Vampiros”, morreu a 26 de fevereiro de 2025.

A causa da morte era indeterminada, pois a família recusou-se à realização de uma autópsia por motivos religiosos.

De acordo com a BBC, exames laboratoriais e toxicológicos permitiram esclarecer que a morte foi natural e resultante de complicações da doença, uma patologia metabólica crónica que se caracteriza por níveis elevados de açúcar no sangue (hiperglicemia) e que ocorre quando o corpo não produz insulina suficiente ou não consegue usar a insulina de forma adequada.

Mas o que é a hiperglicemia?

Esta condição acontece quando os níveis de açúcar circulante no sangue são maiores do que 125 mg/dL em jejum de pelo menos 8 horas, ou maiores do que 180 mg/dL 2 horas após uma alimentação, o que pode acontecer devido a quantidade insuficiente de insulina circulante no organismo, como no caso da diabetes, ou ser consequência do sedentarismo, obesidade e alimentação inadequada, por exemplo.

As suas manifestações mais comuns são micções frequentes, sede, fome constante, dores de cabeça, dificuldade de concentração, visão enevoada, fadiga, prurido e perda de peso.

Se a hiperglicemia não for corrigida, tendem a ocorrer infeções cutâneas e vaginais, dificuldade na cicatrização de feridas, perda de sensibilidade nas extremidades por lesão dos nervos, disfunção erétil, alterações digestivas e renais.

Nos casos mais graves, pode dar-se um coma diabético (cetoacidose). Neste quadro, uma vez que o organismo não possui insulina suficiente para converter a glucose em energia, vai recorrer à gordura como fonte alternativa. Durante esse processo formam-se cetonas em excesso que condicionam um quadro clínico de náuseas, vómitos, dificuldade respiratória, hálito adocicado e boca seca. Esta situação pode ser fatal e requer tratamento urgente.

O diagnóstico da hiperglicemia é feito pelo clínico geral ou endocrinologista através da avaliação dos sintomas e exames de sangue, como exame de glicemia em jejum, teste de tolerância à glicose (TOTG) e exame da hemoglobina glicada, para analisar a quantidade de açúcar no sangue.

A hiperglicemia é causada por uma produção insuficiente de insulina pelo pâncreas, que é a hormona relacionada com o controle da glicemia, diminuição da utilização de açúcares circulantes pelas células e aumento da produção de glicose.

Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento de hiperglicemia e incluem:

Diabetes do tipo 1, em que há deficiência completa na produção de insulina pelo pâncreas;
Diabetes do tipo 2, em que a insulina produzida não consegue ser utilizada corretamente pelo organismo;
Diabetes gestacional, em que ocorre uma resistência à insulina;
Destruição das células do pâncreas, causada por doenças, como pancreatite, hemocromatose, fibrose cística ou cancro no pâncreas;
Distúrbios endócrinos, como síndrome de Cushing, feocromocitoma ou acromegalia;
Distúrbios ginecológicos, como síndrome dos ovários policísticos;
Colesterol alto e/ou pressão alta;
Stresse, em que há um aumento da produção de cortisol, resultando em um aumento da resistência à insulina;
Obesidade, sedentarismo e alimentação inadequada;
Uso de remédios, como corticóides, fenitoína ou estrogénios.

A sua prevenção passa pela manutenção de hábitos de vida saudáveis, com uma dieta equilibrada e com a prática regular de exercício físico.

No doente diabético, o controlo da glicemia é fundamental para prevenir episódios de hiperglicemia e de hipoglicemia. Esse controlo implica avaliação médica regular, cumprimento da medicação prescrita e pela medição da glicémia. O doente deve ainda trazer sempre consigo uma identificação da sua condição clínica para que, no caso de alguma intercorrência, poder ser assistido convenientemente.

 

Mais Recentes

Brunch no Boshq disponível desde 17 euros

há 6 minutos

Brunch especial do dia da Mãe é no Lisbon Marriott

há 1 hora

Celebre o Dia da Mãe com carinho e muitos mimos

há 2 horas

Páscoa à mesa: restaurantes celebram a data com propostas de excelência

há 3 horas

Este café é um tributo à força e determinação das mulheres

há 4 horas

5 destroços que todos os entusiastas do mergulho devem explorar

há 22 horas

Bensaude Hotels celebra 90 anos com foco na expansão

há 23 horas

O Boticário Gardénia Shop: uma experiência exclusiva para viver no Colombo

há 1 dia

Já pode pagar bilhetes de avião a prestações: saiba o que fazer

há 1 dia

Instituto de Socorros a Náufragos: ​operação arranca mais cedo para garantir segurança balnear na Páscoa

há 1 dia

Coliseu Porto Ageas celebra a Liberdade com JP Simões a cantar José Mário Branco

há 1 dia

Provas de vinhos, paisagens únicas e contacto com a natureza: propostas para fugir à rotina

há 1 dia

Óbito: Morreu o cantor Nuno Guerreiro

há 2 dias

Planta da prosperidade: venha conhecê-la e saber como a usar

há 2 dias

Óbito: Morreu Roberto Carlos (não o verdadeiro, mas o seu sócia)

há 2 dias

Hiperglicemia: conheça a condição que levou à morte da atriz Michelle Trachtenberg

há 2 dias

Se tinha planos para ir à praia esta Páscoa esqueça: chuva e frio vão marcar presença nesta época festiva

há 2 dias

Opinião: «Como é que os critérios de qualidade em endoscopia digestiva afetam a prática clínica?», Ricardo Küttner Magalhães, médico gastrenterologista

há 2 dias

Envelhecimento saudável pode dar 0,4 pontos percentuais a crescimento do PIB mundial

há 2 dias

Investigadores portugueses mais perto de nova imunoterapia contra cancro colorretal

há 2 dias

Subscreva à Newsletter

Receba as mais recentes novidades e dicas, artigos que inspiram e entrevistas exclusivas diretamente no seu email.

A sua informação está protegida por nós. Leia a nossa política de privacidade.