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O negócio das apostas: O que de facto fica na economia

17 Agosto 2025
Forever Young

A atividade de jogos e apostas online manteve-se em alta no arranque do ano. No 1º trimestre de 2025, a receita bruta somou 284,7 milhões de euros, um valor abaixo do pico sazonal do final de 2024, mas 9,1% acima do mesmo período do ano anterior, sinal de um mercado que estabilizou num patamar elevado…

Como se pode inferir da síntese trimestral, a normalização do início do ano não significa perda de tração estrutural. Reflete sobretudo o calendário competitivo e ajustes típicos de consumo após o Natal e grandes eventos.

No detalhe por modalidades, o futebol concentrou cerca de 71% do volume de apostas desportivas, seguido do ténis e do basquetebol, uma distribuição que ajuda a explicar o comportamento das receitas ao longo da época.

Estes números vão a par com a expansão do ecossistema digital e com uma base alargada de contas registadas e ativas, em linha com a tendência de anos anteriores. Dentro deste retrato, o póquer online ocupa um lugar particular.

É um segmento onde a experiência do utilizador e a transparência nos termos comerciais pesam na adesão e na retenção. Para os que desejam participar de torneios, os melhores bônus de pôquer pesam na escolha do operador, tornando o mercado bastante competitivo por oferecer mais do que múltiplas mesas e jogos.

Ao mesmo tempo, o enquadramento fiscal específico do setor, com mecanismos próprios aplicáveis à atividade online, garante que uma parte relevante desta receita reverte para o Estado, financiando políticas públicas e fiscalização.

Efeito multiplicador: Tecnologia, pagamentos e empregos

O desempenho do jogo online não vive isolado. Depende de infraestrutura, confiança e velocidade de rede. Em Portugal, o 5G já conta com 4,3 milhões de utilizadores móveis e praticamente 14 mil estações base instaladas, reforçando a qualidade das ligações e a estabilidade em horários de pico.

Esta capacidade sustenta experiências em tempo real, desde apostas in-play a mesas de póquer com vídeo, e viabiliza serviços de verificação e autenticação cada vez mais robustos. A utilização de dados móveis também cresceu muito no início de 2025, com aumento do tráfego total e do consumo médio por utilizador.

O ambiente é favorável a serviços digitais que exigem baixa latência, confirmam pagamentos em segundos e oferecem camadas adicionais de segurança, componentes essenciais para operadores licenciados e para o próprio utilizador. Mas quando o setor cresce, cresce também a procura por perfis qualificados.

Juristas e equipas de compliance, especialistas em prevenção de branqueamento de capitais, analistas de dados e risco, engenheiros de cibersegurança, product managers, equipas de apoio ao cliente em português e criativos para conteúdos e localizações.

Do lado público, o reforço da inspeção e supervisão acompanha a digitalização do mercado, com o regulador a atualizar processos e a publicar relatórios periódicos que orientam operadores e consumidores. Tudo isso cria emprego direto e indireto, na operação, em fornecedores de pagamentos e verificação de identidade, e em serviços de auditoria e tecnologia.

Benefícios locais: Turismo, publicidade e consumo

Os efeitos não se esgotam no digital. A presença de casinos físicos e a realização de eventos, desde finais desportivas a convenções de gaming, geram procura adicional em hotelaria e restauração. O pano de fundo do turismo ajuda a perceber a amplitude do impacto.

No 1º trimestre de 2025, Portugal registou 5,7 milhões de hóspedes e 13,4 milhões de dormidas, com o mercado externo a representar a maioria e com ligeiro recuo nas dormidas face ao mesmo período de 2024, num contexto ainda positivo em número de hóspedes.

Estas dinâmicas ampliam o efeito multiplicador do entretenimento sobre as economias locais. O investimento em publicidade e patrocínios continua a ser um pilar de financiamento para modalidades e clubes, mas está balizado por regras claras.

Em Portugal, o enquadramento legal do Regime Jurídico dos Jogos e Apostas Online e as orientações do regulador definem princípios de comunicação responsável, incluindo a proibição de práticas predatórias.

Além do impacto económico e social já identificado, o setor começa a integrar novas tecnologias de análise de dados e inteligência artificial para prever padrões de jogo e otimizar ofertas de forma personalizada.

Estas ferramentas permitem aos operadores licenciados antecipar preferências, ajustar promoções e detetar comportamentos atípicos, reforçando o cumprimento das regras de jogo responsável.

Outra tendência em Portugal é o investimento cada vez maior em parcerias com empresas de tecnologia financeira para desenvolver sistemas de pagamento instantâneo e verificação de identidade mais seguros.

A implementação da confirmação de beneficiário, iniciativa coordenada pelo Banco de Portugal, é um exemplo concreto de como as transações se tornaram mais transparentes e protegidas contra fraude.

No plano internacional, a competitividade também se acentua com a adoção de tecnologias como blockchain para auditoria de resultados e contratos inteligentes que automatizam pagamentos de prémios. Embora a regulamentação nacional ainda analise estas soluções, a sua eventual integração poderá reforçar a confiança e atrair novos investidores.