A demência é um dos maiores desafios de saúde pública da atualidade, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Embora ainda não exista cura, estudos recentes mostram que pequenas mudanças de estilo de vida podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença.
O que diz a investigação
Um estudo publicado em 2023 na revista The Lancet revelou que o uso de aparelhos auditivos em pessoas com perda de audição pode reduzir em até 61% o risco de desenvolver demência. A perda auditiva não tratada tem sido associada a maior isolamento social e a declínio cognitivo, fatores que contribuem para o aparecimento da doença.
Outros hábitos com impacto positivo
- Exercício físico regular: caminhar, nadar ou pedalar algumas vezes por semana ajuda a manter o cérebro ativo e saudável.
- Alimentação equilibrada: dietas ricas em frutas, vegetais, peixe e azeite — como a dieta mediterrânica — estão associadas a menor risco de demência.
- Manter contacto social: participar em grupos, falar com amigos e família protege contra o isolamento, fator de risco conhecido.
- Desafiar o cérebro: aprender novas atividades, ler, jogar xadrez ou fazer palavras cruzadas estimulam as conexões cerebrais.
Porque é que os aparelhos auditivos ajudam
Segundo os investigadores, quando a audição falha, o cérebro gasta mais recursos a tentar compreender sons, sobrando menos energia para memória e raciocínio. Além disso, a dificuldade em comunicar leva muitas vezes ao afastamento social. Corrigir a audição pode assim ter um duplo efeito protetor.
O que pode fazer hoje
- Se tem sinais de perda auditiva, marque uma avaliação com um otorrinolaringologista.
- Inclua caminhadas ou outras atividades físicas na sua rotina.
- Valorize os momentos sociais: conviva, participe em grupos, mantenha-se ativo na comunidade.
- Alimente o cérebro com novos desafios — um curso, uma leitura ou até aprender uma língua.










