Partilhar

Há milhares de portugueses a tomar medicamentos que não fazem efeito

Na lista de medicamentos analisados estão fármacos de grande consumo e até terapêuticas oncológicas.

13 Julho 2019
Forever Young

Os antidepressivos não têm qualquer benefício em metade dos doentes. Entre quem tem problemas cardíacos ou de circulação, os comuns fármacos para a prevenção não evitam enfartes ou AVC como podem até aumentar o risco. Nas estatinas para reduzir o colesterol há uma linha ténue entre a dose que trata e a que é adversa e é nulo o efeito de vários anti-inflamatórios, opioides para as dores e quimioterapias para o cancro. Porquê? segundo os especialistas ouvidos pelo Expresso, as descobertas revelam que há dezenas de variações genéticas escondidas em muitos de nós que podem interferir nos tratamentos.

E são muitas as variáveis que podem influenciar as características genéticas de um individuo: “a alimentação, os suplementos alimentares e fitoterapias, hábitos tabágicos ou consumo de alcóol, estado de saúde, idade, gravidez, entre tantas outras variáveis ambientais”, explica ao semanário, Helena Carmo, responsável pelo laboratório de toxicologia da faculdade de farmácia do Porto.

Apesar de já existirem testes no mercado para identificar as variabilidades genéticas que condicionam a ação dos medicamentos, a comunidade médica pouco os utiliza. Ou porque “não tem noção desta realidade”, ou por “ignorância”, ou até mesmo com o “argumento de que é caro”, critica Carolino Monteiro, professor de genética da faculdade de Farmácia de Lisboa.

O presidente do Colégio de Genética, Jorge Pinto Basto, justifica a falta de adesão pela positiva: “A procura não tem sido relevante porque ainda não está demonstrada a utilidade clínica, sobretrudo quando tem um custo adicional para o SNS”.
A análise que permite identificar alterações genéticas que influenciam a resposta a um medicamento concreto está disponível no setor privado, por cerca de 60 euros. No Serviço nacional de Saúde só são comparticipados estudos no âmbito dos tratamentos da sida ou do cancro.

Carolino Monteiro defende que “precisamos de uma estratégia nacional porque vai haver um momento em que todos [os doentes] vão querer fazer” o teste. No mesmo sentido, Rui Medeiros, coordenador do Grupo de Oncologia Molecular do IPO do Porto sublinha que “está na altura de o SNS pensar o assunto de uma forma organizada”.

Mais Recentes

6-6-6: a regra de caminhar que as pessoas com mais de 60 anos estão a usar para ficar em forma

há 19 minutos

É portuguesa e fica no norte do país: esta cidade tem a igreja com as maiores rosáceas da Península Ibérica

há 36 minutos

Autismo: «É importante reconhecer que existem sinais de alarme e intervir de forma apropriada», Gabriela Pereira, pediatra

há 53 minutos

Opinião: «Papel da endoscopia digestiva na prevenção e tratamento do cancro colorretal», Diogo Libânio, Médico Gastrenterologista

há 1 hora

Operação à próstata marca início do programa de cirurgia robótica do IPO Porto

há 1 hora

Tradição e sofisticação sentam-se à mesa de Páscoa do Capítulo Restaurant & Bar

há 19 horas

Opinião: «Dia Mundial Atividade Física – saúde e atividade física»,

há 20 horas

Refúgio familiar com sabor, conforto e diversão na Páscoa

há 21 horas

Carbonara Day: saiba onde saborear os melhores pratos

há 23 horas

Tradição da tasca portuguesa e modernidade dos cortes de carnes maturadas: é assim o Retasco

há 1 dia

Brunch buffet e diversão garantida para toda a família: mais uma sugestão para a Páscoa

há 2 dias

La Mafia se sienta a la mesa lança cocktails primaveris e harmonizações de autor

há 2 dias

Salutem junta-se à Corrida Sempre Mulher

há 2 dias

Mama Loves Easter: um brunch de Páscoa para toda a família

há 2 dias

Celebre a Páscoa com experiências memoráveis em Portugal, no Brasil e em Itália

há 2 dias

Pode não ser fácil mas faz bem: conheça os benefícios de um duche gelado

há 3 dias

Dicas simples e rápidas para retirar o excesso de sal do bacalhau

há 3 dias

Nem todos os dias, nem todos os meses: é esta a periodicidade com que deve limpar os ouvidos

há 3 dias

Envelhecer é inevitável, mas ficar “velho” é uma escolha: vida após os 60 anos

há 3 dias

Nunca se esqueça: estas são as 5 coisas que o vão ajudar a proteger a sua saúde

há 3 dias

Subscreva à Newsletter

Receba as mais recentes novidades e dicas, artigos que inspiram e entrevistas exclusivas diretamente no seu email.

A sua informação está protegida por nós. Leia a nossa política de privacidade.