A APP, que tem como principal objetivo a promoção da Podologia em Portugal, promoveu uma vez mais esta iniciativa que junta vários especialistas em torno da prevenção, diagnóstico e tratamento das alterações dos pés e respetivas repercussões no corpo humano, em casos que constituam uma complicação da diabetes.
As complicações que ocorrem nos pés destes doentes proporcionam uma diminuição da qualidade de vida destes indivíduos e um grande custo aos serviços de saúde. Manuel Portela, Presidente da APP, adianta que “15% dos doentes diabéticos desenvolvem uma úlcera nos membros inferiores durante os anos de doença e que 85% das amputações têm um historial de úlceras diabéticas”.
As Jornadas do Pé Diabético são fulcrais no combate a esta problemática pois promovem o debate de ideias, partilha de conhecimento e a análise regular da intervenção dos podologistas que “têm sido fundamentais na melhoria da qualidade de vida da população, na prevenção e diminuição das taxas de amputação do pé diabético”, esclarece Manuel Portela.
A iniciativa contou também com a participação de especialistas de várias áreas como Medicina Interna, para abordar assuntos relacionados com o controlo da infeção, sinais e sintomas do pé diabético; Angiologia e Cirurgia Vascular, uma necessidade, sobretudo, quando são identificados problemas de isquemia; entre outras áreas, como por exemplo o tratamento de feridas e de úlceras, com diferentes metodologias, e, ainda, o tipo de calçado mais indicado para a pessoa com diabetes.
O Pé Diabético é visto como a principal causa de amputação da extremidade inferior, sendo também a principal causa de internamento da pessoa com diabetes. Mais do que uma complicação da diabetes, deve ser considerado como uma condição clínica complexa. É caracterizado pelo desenvolvimento da perda de sensibilidade nos pés, presença de feridas complexas, deformidades, limitação de movimento articular, infeções, amputações, entre outras.