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A solidão não é uma consequência inevitável da idade

A solidão, que pode ter consequências graves para a saúde, tende a aumentar com a idade, embora um novo estudo indique que as pessoas de meia-idade se sentem mais sós do que as gerações mais velhas.

30 Abril 2025
Forever Young com Lusa

Os adultos na Dinamarca reportam os níveis mais baixos de solidão em geral e as taxas mais elevadas são reportadas na Grécia e em Chipre, de acordo com um inquérito realizado em 29 países da Europa, América do Norte e Médio Oriente, publicado na Aging & Mental Health.

A equipa, liderada pela Universidade de Atlanta (EUA), investigou a prevalência da solidão ligada a fatores demográficos e de saúde, para identificar quais os fatores que contribuem para a solidão ao longo da vida. O estudo observa que estes fatores “variam substancialmente de país para país, sugerindo que a solidão não é uma consequência inevitável da idade, mas pode ser determinada pelo ambiente dentro dos países, por exemplo, a coesão social“.

O investigador Robin Richardson, da Universidade Emory (EUA), e um dos signatários do texto, referiu que a solidão varia significativamente de acordo com o país e a idade, pelo que, “não é uma consequência imutável da idade ou do ambiente”. Esta descoberta sugere, acrescentou o especialista, que a solidão “pode ser muito sensível às mudanças nas circunstâncias da vida”.

Investigadores, incluindo os da Universidade Mayor de Santiago do Chile, analisaram dados de 64.324 pessoas entre os 50 e os 90 anos. A equipa descobriu que, embora aumentasse geralmente com a idade, a magnitude do aumento era maior em alguns países do que noutros.

Os adultos da Bulgária e da Letónia relataram o maior aumento de solidão com a idade, seguidos pelos da Roménia, Hungria, Espanha e Itália. Entretanto, nos EUA e nos Países Baixos, a solidão concentrou-se entre os adultos mais jovens. Não ser casado, não trabalhar, ter uma depressão e problemas de saúde são as principais razões, mas a importância destes fatores e a sua combinação variam de país para país. Nos EUA, não trabalhar foi a principal razão para níveis mais elevados de solidão entre os adultos de meia-idade, enquanto noutros países isso se traduziu numa maior solidão entre os adultos mais velhos.

Aproximadamente um quinto dos fatores que contribuem para a solidão permaneceram inexplicáveis, em todos os países, e estes 20% inexplicáveis estavam concentrados entre os adultos de meia-idade. Os autores sugerem que isto pode dever-se às circunstâncias sociais únicas enfrentadas pelos adultos de meia-idade. “Muitos adultos de meia-idade, que frequentemente conciliam trabalho, assistência e isolamento, são surpreendentemente vulneráveis e precisam de intervenções específicas tanto quanto os idosos”, frisou Esteban Calvo, da Universidade Mayor do Chile.

Tradicionalmente, as intervenções têm-se centrado nos adultos mais velhos, observou Richardson, enquanto “os adultos de meia-idade representam uma população crítica que está a ser negligenciada”. A solidão é um grande problema de saúde pública, responsável por um vasto leque de consequências fisiológicas, cognitivas, mentais e comportamentais que diminuem a qualidade de vida e aumentam o risco de doença. Os autores acrescentam que, como a solidão varia de acordo com o local e as circunstâncias de vida, as políticas de saúde e os programas sociais para a reduzir devem primeiro determinar quais as faixas etárias que correm maior risco de solidão num determinado ambiente.

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