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Alimentação mediterrânica: ainda é o segredo para envelhecer com saúde?

20 Agosto 2025
Forever Young

Mais do que “uma dieta”, a mediterrânica é cultura e ciência: protege o coração, ajuda o cérebro e é sustentável quando bem aplicada. Saiba o que comer, como montar pratos e adaptar ao orçamento — à portuguesa.

Mais do que um prato: uma cultura que Portugal ajudou a erguer

A Dieta Mediterrânica é património cultural imaterial da UNESCO e tem expressão em Portugal: cozinha simples, produtos da época e convívio à mesa. É um padrão alimentar, não um “plano milagroso”.

O que a ciência diz hoje

O grande corpo de evidência associa a alimentação mediterrânica a menos eventos cardiovasculares, melhor controlo metabólico e, em idosos, a melhor função cognitiva. O ensaio PREDIMED — reanalisado e republicado — encontrou redução significativa de eventos cardiovasculares quando o padrão mediterrânico foi reforçado com azeite virgem extra ou frutos gordos. Em subestudos, observaram-se benefícios cognitivos em participantes mais velhos.

Há ainda um argumento moderno: é um padrão simultaneamente saudável e com boa performance ambiental quando prioriza vegetais, leguminosas e peixe sustentável — apesar de alguns trade-offs (água e custo) que devem ser geridos.

O “esqueleto” do prato mediterrânico

  • Base vegetal diária: muitos legumes e fruta, sopas, saladas, ervas aromáticas.
  • Cereais integrais: pão de qualidade, massa/trigo-duro, arroz pouco polido, aveia.
  • Gordura principal: azeite virgem extra para cozinhar e temperar.
  • Proteínas: leguminosas (feijão, grão, lentilhas) várias vezes/semana; peixe 2–3×; aves/ovos com moderação; menos carnes vermelhas e processadas.
  • Laticínios: sobretudo iogurte/queijo em porções moderadas.
  • Bebidas: água como escolha padrão; vinho só se já bebe — e com moderação e às refeições.

Estes princípios constam dos guias oficiais portugueses e são fáceis de adaptar ao gosto local.

Como pôr em prática — ideias de dia a dia

Pequeno-almoço

Iogurte natural com aveia e fruta da época + nozes (1 mão). Café ou chá sem açúcar.

Almoço

Sopa de legumes + prato de grão, tomate, pepino, pimento, cebola roxa com sardinha em conserva (em azeite, escorrida) e azeite/limão. Pão de mistura.

Jantar

Arroz pouco polido com salteado de brócolos, cogumelos e feijão-frade ao alho e azeite. Salada de alface e ervas aromáticas.

Lanches

Fruta; cenoura crua; “húmus” de grão; um quadrado de chocolate preto (≥70%) como mimo ocasional.

Truques para quem tem 50+ (e quer longevidade com qualidade)

  • Sopa todos os dias: aumenta fibras e micronutrientes com poucas calorias.
  • Peixe acessível e sustentável: priorize sardinha, cavala, carapau; compre fresco ou congelado.
  • Leguminosas 3–4×/semana: são a proteína “barata” da dieta mediterrânica.
  • Sal e pressão arterial: troque sal por ervas (salsa, coentros, orégãos) — ganhos para a tensão.
  • Azeite, sim — mas com parcimónia: é saudável, mas calórico; 1–2 colheres de sopa por refeição chegam para cozinhar/temperar.
  • Vinho com moderação (se beber): sempre às refeições; se tem medicação ou doenças, questione o seu médico.

Erros comuns que “parecem mediterrânicos”, mas não são

  • Abusar de enchidos, queijos curados e pão branco — são típicos, mas devem ser moderados.
  • “Regar” tudo com azeite sem medida — o excesso engorda.
  • Comprar produtos industrializados “com sabor mediterrânico” (molhos prontos, pizzas ultra-processadas) — o padrão valoriza cozinha simples.

Resumidamente, a resposta curta é “sim”: a alimentação mediterrânica continua a ser dos melhores caminhos para envelhecer com saúde — porque alia sabor, cultura e sólida evidência científica. Adote a base vegetal, privilegie o azeite (com conta), dê destaque às leguminosas e ao peixe, e cozinhe mais. O seu coração, o seu cérebro e o planeta agradecem.