Recentemente, foram publicados dois estudos com técnicas novas para melhorar a retenção de memória. A primeira é desenhar as coisas que queremos lembrar e a segunda é «fascinantemente» andar para trás no tempo. A professora de neurociência cognitiva na Universidade de Westminster, Catherine Loveday, diz que «há muitas técnicas de memória, testadas e confiáveis, que existem há décadas», refere a especialista.
Com efeito, também do Reino Unido, uma outra pesquisa académica mostrou que quando nos recordamos de um evento passado, reconstruimos essa experiência em ordem inversa. Em relação a esta última técnica, a equipa de investigadores conduziu uma análise sobre a ligação que existe na mente humana entre tempo e espaço. Essa pesquisa demonstrou que o movimento para trás pode melhorar as memórias de curto prazo de informações de testemunhas oculares. A neurocientista acredita que esse processo de ver objetos ou lugares, que depois associamos a certos momentos da vida «é bem real».
Portanto, para chegar a esta conclusão, os investigadores mostraram a um grupo de voluntários uma lista de palavras, um conjunto de fotos ou um vídeo de um roubo de uma carteira a uma mulher. Catherine Loveday, explicou que depois, «alguns voluntários tinham que andar em frente», uns ficavam parados, enquanto «outros andavam para trás», esclareceu. Posteriormente, quando questionados sobre que recordavam, ficou claro «surpreendemente» que os indivíduos que caminharam para trás tinham uma memória mais precisa do que tinham visto.
No entanto, algo em que todos os investigadores estão de acordo é na necessidade da realização de mais estudos, antes de se poder afirmar com certeza a existência de uma forma mais eficaz de reter memórias e de a colocar em prática.