Arrendar casa em Portugal está mais caro, menos nestes dois distritos

Os dados agora partilhados referem-se ao comparativo de agosto com setembro deste ano e com o período homólogo, setembro de 2022.

O Imovirtual divulga o seu barómetro relativo à evolução dos preços médios anunciados de arrendamento e venda, em Portugal.

Os dados agora partilhados referem-se ao comparativo de agosto com setembro deste ano e com o período homólogo, setembro de 2022.

Em relação ao valor médio dos imóveis para arrendar, verifica-se que houve um aumento na renda média de +44%, estando 512 euros mais caro, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Desde o início do ano, que se tem verificado uma ligeira estabilização dos valores médios, no entanto, em setembro houve um ligeiro aumento (+3%), fixando-se agora em 1 677€.

De forma geral, atualmente, está a existir um abrandamento do preço das casas, mas continua a ser cerca de 33 466 € mais caro comprar casa, do que em setembro do ano passado. No que ao preço médio de venda diz respeito, verifica-se uma estabilização em setembro, em relação a agosto (+1%), fixando-se em 427 395€. Em comparação com o período homólogo de 2022, que registou um valor médio de venda de 393 928€, há um aumento de +8%, com as casas a ficarem quase trinta e quatro mil euros mais caras.

Relativamente à designação do imóvel, verificámos que o valor dos imóveis é mais influenciado pelas moradias, que tem tido um crescimento de 13%. Comprar uma moradia, atualmente, custa, em média, 464 300€, um crescimento de 13% face ao período homólogo. Enquanto que um apartamento teve um aumento mais ligeiro, custa, em média, cerca de 395 822€, uma subida de 4%, quando comparado com setembro de 2022.

Quanto à tipologia, as moradias T3 e T4 são as únicas tipologias que têm subido ligeiramente o preço (+3% cada). Em contrapartida, o T0 é a única que tem demonstrado uma queda no preço (-3%).

De acordo com Sylvia Bozzo, Marketing Manager Imovirtual, “O aumento dos preços do arrendamento a nível nacional continua a ser  influenciado por distritos próximos a Lisboa como por exemplo Leiria onde temos um aumento de 62%. Outra região que contribui é Aveiro, com 40% de aumento, que tem atraído cada vez mais jovens.”.

Arrendamento – Distritos e Ilhas em destaque:

  • Beja (+19%), Guarda (+19%) e Bragança (+14%) são os distritos com maior aumento da renda média em setembro, face ao mês anterior, com os valores a subirem para 792€, 547€ e 511€, respetivamente.
  • Em contrapartida, Évora registou a descida mais acentuada da renda média em setembro (-9%), comparativamente com agosto, descendo para 769€. Segue-se o distrito de Castelo Branco (-3%), onde a renda média se fixa em 537€.
  • Comparativamente com setembro  do ano passado, existiu uma subida dos valores de arrendamento de forma geral em praticamente todos os distritos, nomeadamente: Leiria (+62%) que regista o maior aumento da renda média, que passa de 635€ para 1 026€; Portalegre (+54%), passa de 373€ para 575€, Lisboa (+46%) passa de 1 685€ para 2 454€, Faro (+43%), que passa 972€ para 1 392€ e Aveiro (+40%), que passa de 677€ para 949€.
  • Em relação aos distritos em que houve uma diminuição do preço médio de arrendamento, comparado com o período homólogo, Castelo Branco (537€) ) foi o único que registou uma descida(-3%). Em Évora o preço é praticamente o mesmo do ano passado (770€)
  • De forma geral, Bragança (511€), Castelo Branco (537€), Guarda (547€) Portalegre (575€) são os distritos mais baratos para arrendar casa, em setembro. Lisboa continua a ser o mais caro, com a renda média acima de dois mil euros (2454€), seguindo-se Setúbal (1 448€), Faro (1 392€), Porto (1 339€) e Braga (1 001€) – este último agora com a renda acima dos mil euros.

VENDA – Distritos e ilhas em destaque:

  • No continente, o distrito com o maior aumento do preço médio de venda em setembro, face a agosto, foi a Guarda (+6%, para 131 955€) e Portalegre (+6% para 139 816). Seguindo-se a Castelo Branco (+4%), com os valores a fixarem-se em 144 441€.
  • Quanto à comparação com o ano anterior (setembro 2022), o distrito que registou um maior aumento no preço das casas, foi Guarda (+29%), onde os valores sobem de 102 502€ para 131 955€. Seguindo-se Beja (+24%, de 148 346€ para 184 228€), Portalegre (+23%, de 113 637€ para 139 816€) e Leiria (+18%, de 249 557€ para 293 572€).
  • Évora (-9%) é o único distrito que, face a setembro do ano passado, registou uma quebra do preço médio de venda, passando de 277 947€ para 253 058€. Por sua vez, Lisboa foi o único distrito que se manteve estabilizado , passando de 639 914€ para 639 541€.
  • Guarda (131 955€), Portalegre (139 816€) e Castelo Branco (144 441€) mantiveram-se os distritos mais baratos para comprar casa em setembro. Os mais caros foram Lisboa (639 541€), Faro (619 966€) e Setúbal (415 518€).
  • Apesar de Lisboa ser um dos distritos mais caros para comprar casa, é o único que manteve os preços semelhantes aos do ano passado.
  • Em relação às ilhas, foi aqui que existiram os maiores aumentos do preço médio de venda em setembro, face a agosto, Ilha de São Jorge (28%, que passou de um valor de 166 911 euros para 214 056 euros), Ilha das Flores (12% para 231 607€) e Ilha da Graciosa (11%, fixando-se em 130 013€).
  • Quando comparado com agosto de 2022, Ilha da Graciosa (+90%, de 68 484€ para 130 013€), seguindo-se Ilha de Porto Santo (+56%, de 242 577€ para 379 544€), Ilha do Faial (+39%, de 153 513€ para 212 759€) e Ilha das flores (+30% de 178 192€ para 231 607€) foram as ilhas com valores mais elevados.
  • Apesar da Ilha da Graciosa (130 013€) ter tido um dos maiores aumentos, manteve-se a ilha mais barata para comprar casa em setembro. Enquanto que o Funchal (552 267€) se manteve o mais caro.
Ler Mais