Até hoje, muitos especialistas, das mais variadas áreas, tentam entender o que teria acontecido e como um navio desenhado para ser o mais seguro do planeta acabou por afundar na sua viagem de estreia. Muitos apontam como a soma de uma série de acontecimentos improváveis a causa pelo ocorrido.
As águas estavam calmas demais
O trajeto que o Titanic fazia, mesmo sendo considerado seguro e tendo se tornado a principal rota de transporte de pessoas e mercadorias da Europa para os Estados Unidos, não era conhecido por ser calmo em toda sua extensão. Os comandantes das embarcações normalmente conseguiam identificar os icebergs com as ondas batendo.
Mas, na noite do acontecimento, as águas estavam tão calmas que a tripulação conseguiu identificar o iceberg apenas quando o barco já estava muito perto para ser possível uma manobra evasiva.
Uso de materiais de baixa qualidade
Como foi projetado para ser o navio mais seguro do mundo, era de se pensar que todo o projeto seria feito com aquilo de mais qualidade disponível na época em termos de materiais. Mas parece que a qualidade estava muito mais presente naquilo que as pessoas podiam ver do que onde realmente importava.
Uma investigação feita posteriormente, com o resgate de partes do navio, mostrou que os rebites utilizados nas placas de aço eram de ferro de baixa qualidade, mais fracos e menos resistentes, e quebraram facilmente sob o impacto do iceberg.
Oficial dormia
Mesmo que as investigações que foram feitas posteriormente tenham inocentado o primeiro oficial do Titanic, William Murdoch, em relação ao ocorrido, o fato de ele estar a dormir no momento do incidente pode ter atrasado o tempo de resposta. Ele foi acordado, e somente depois de analisar a situação mandou inverter as hélices e girar completamente o timão para tentar desviar.
Binóculos trancados em compartimento
Outro elemento que poderia ter mudado completamente o rumo da história e que era bastante comum na época era o uso de binóculos pelos vigias, que ficavam nas partes mais altas do navio e tinham como principal objetivo detetar os perigos.
O instrumento até existia dentro do navio, mas não estava a ser utilizado. De acordo com as investigações feitas, o oficial que deveria entregar as chaves do compartimento onde os binóculos estavam guardados foi transferido pouco antes da viagem. Isso fez com que os binóculos ficassem trancados, sem ninguém da equipa do navio ter acesso ao local.
Aumento da velocidade
A ideia de que existia um movimento de incentivo para forçar velocidades mais elevadas, para que o navio chegasse antes do esperado, é controversa.
Mas diversos indícios apontam que o Titanic realmente estava a navegar a uma velocidade considerada acima do recomendado para aquela área marítima, justamente em virtude da presença dos blocos de gelo. Estudos indicam que o Titanic estava a uma velocidade equivalente a 40 km/h.