A psicóloga Terri Apter descreve a “dupla bitola” que torna as rugas femininas socialmente penalizadas, em contraste com o charme atribuído aos cabelos grisalhos masculinos. Esta pressão explica por que 6 em cada 10 mulheres inquiridas sentem necessidade de cuidar da aparência, mesmo aceitando a passagem do tempo como algo natural.
Da cosmética ao “healthspan”
A vaga das Longevity Ladies — médicas, bio-investidoras e influencers — trouxe para a ribalta exames hormonais, treino de força e reposição de micronutrientes específicos em vez de peelings infindáveis. O Wall Street Journal destaca projectos como o “Double X Prize”, que financia investigação sobre função ovárica como marcador de saúde global.
Confiança antes da correção
Mais do que apagar marcas, o objectivo é evitar que o declínio de estrogénios afete mobilidade, sono ou humor — três factores directamente ligados à auto-estima.
O resultado é uma estética realista: rugas suavizadas, mas não ocultas; cabelo natural, mas bem tratado; roupas que celebram, e não disfarçam, o corpo da maturidade.
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