Segundo a autarquia de Sintra, este apoio pecuniário municipal “destina-se a compensar os encargos decorrentes” da fixação dos médicos no concelho e será atribuído “enquanto o profissional proporcionar cuidados de saúde à população abrangida pela unidade de saúde em que estiver inserido”, avança a Lusa.
A Câmara de Sintra está a preparar incentivos para fixar médicos de família no concelho, prevendo um apoio adicional de 1.133,95 euros por mês para aqueles profissionais de saúde, anunciou a autarquia. Esta decisão pretende colmatar a falta de médicos de família existente naquele concelho do distrito de Lisboa.
O município referiu ainda que os concursos promovidos pelo Ministério da Saúde para a fixação de médicos só preveem “que parte das vagas em zonas carenciadas” tenha direito a incentivo pecuniário. Para exemplificar, referiu que, no último concurso, o concelho de Sintra só beneficia de “sete vagas carenciadas, suscetíveis de apoio pecuniário, num total de 51 vagas de clínicos de Medicina Geral e Familiar a preencher”.
Afirmando que a situação da Saúde no concelho é preocupante, a câmara frisou que vai procurar incentivar os clínicos a escolherem o concelho de Sintra como a sua área de atividade profissional. Além do incentivo à fixação de médicos de família, a autarquia lembrou os projetos de construção de cinco novos centros de saúde, requalificação de vários outros e a construção do novo Hospital de Sintra, um investimento superior a 50 milhões de euros que irá servir 400 mil utentes.
De acordo com a Câmara de Sintra, existem atualmente 454.904 utentes inscritos no Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Sintra, dos quais 378.793 são frequentadores. Desses utentes, 251.990 têm médico de família atribuído e 125.739 não têm, acrescentou, afirmando que “uma parte significativa da população” não tem “cobertura clínica garantida e regular por parte do Serviço Nacional de Saúde”.