Um estudo da Royal Horticultural Society (RHS) destaca que a borra de café contém nitrogénio, fósforo, potássio e magnésio, elementos cruciais para o crescimento saudável das plantas. Utilizada com moderação, melhora a aeração e a retenção de água em solos compactos, como os argilosos, e funciona como repelente natural de pragas como lesmas e caracóis.
Além disso, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), a borra acelera a compostagem, equilibrando os níveis de nitrogénio para uma decomposição mais eficiente. Contudo, a sua utilização exige cuidados, já que pode acidificar o solo, sendo recomendada para plantas que preferem ambientes mais ácidos, como mirtilos e azáleas.
A borra de café é uma fonte gratuita e facilmente acessível de nutrientes essenciais que beneficia diretamente a saúde do jardim. O seu elevado teor de nitrogénio promove o crescimento vigoroso das plantas, atuando como fertilizante de libertação lenta que nutre progressivamente o solo e as raízes, evitando riscos de sobrefertilização.
Para além do nitrogénio, a borra possui fósforo, potássio e magnésio, minerais que apoiam o desenvolvimento radicular, a floração e a resistência das plantas. Estes nutrientes contribuem para uma estrutura do solo mais solta e aerada, condição indispensável para o desenvolvimento adequado das raízes e para a retenção equilibrada da humidade, essencial em períodos de seca.
No combate ecológico às pragas, o cheiro forte e a textura da borra de café criam barreiras eficazes contra formigas, lesmas e caracóis, reduzindo a utilização de pesticidas químicos que prejudicam insetos benéficos e o ambiente.
A compostagem é outro benefício destacado por especialistas. A borra, considerada um material verde rico em nitrogénio, acelera a decomposição quando combinada com materiais ricos em carbono, como folhas secas ou papelão. A EPA recomenda não exceder 25% do volume de borra para evitar desequilíbrios no processo.
No entanto, os jardineiros devem ter atenção ao pH do solo, uma vez que o uso excessivo pode acidificá-lo, o que é vantajoso para plantas que preferem solos ácidos (ex: azáleas, mirtilos), mas menos para outras espécies. O uso equilibrado permite transformar um desperdício doméstico num recurso valioso para uma jardinagem mais sustentável e eficiente.