A Contraponto publica, a 7 de novembro, Carta a um Jovem Decente, da autoria da jornalista Mafalda Anjos. Este é um livro que os jovens precisam de ler, mas que os pais ou os avós não se aventuraram a escrever.
Em Carta a um Jovem Decente, a autora contribui para a (re)construção da ideia de decência. O livro parte desta premissa e amplia-a, respondendo a questões como: Como nos relacionarmos com os outros? Como aproveitar bem a vida e lidar com as adversidades? Como navegar no digital sem ser enredado? Quais os conceitos políticos elementares para pensar pela própria cabeça? Quais as máximas de uma pessoa decente?
A obra conta com um prefácio de 20 personalidades bem conhecidas do público português, desde Marcelo Rebelo de Sousa a Luís Montenegro, passando por Nuno Markl e Joana Marques, até Sobrinho Simões ou Daniel Sampaio, Capicua ou Dino D’Santiago, que partilham o que gostariam de ter sabido aos 20 anos.
Sobre o livro, a autora refere que «a ideia não é dar lições de vida nem doutrinar: quis simplesmente partilhar experiências, perplexidades, falhanços e algumas, poucas, conclusões.»
Quando a minha filha mais velha fez 18 anos, escrevi-lhe uma carta. Voltei a fazê-lo três anos depois, para o meu segundo filho.
A ideia não foi dar lições de vida nem doutrinar: quis simplesmente partilhar experiências, perplexidades, falhanços e algumas, poucas, conclusões. Se há privilégio que vem com a idade é o de saber questionar mais e concluir menos.
Pretendi também registar o ar dos tempos, refletir sobre o que andamos por estes dias aqui a fazer e como podemos ser pessoas melhores e mais felizes. Esbocei um pequeno manual sobre como não ser um imbecil.
Tive uma ideia aglutinadora em mente: a decência. É que sempre que penso naquilo a que aspiro para os meus filhos, costumo dizer que quero sobretudo que sejam «seres humanos decentes». Este é um conceito volátil, que a Internet e as suas bolhas ajudaram, nos últimos anos, a relativizar. As redes sociais – sem rostos, sem moderação e sem pudor – são o faroeste da indecência.
Para um jovem que nasceu ou cresceu neste milénio, com o mundo envolto numa bruma que mistura medo, ressentimento e estupidez, estão reunidas as condições para que tudo possa ser muito confuso.
Este livro parte desta ideia e amplia-a.
É um modestíssimo contributo para a (re)construção de uma ideia de decência, a pensar sobretudo nos jovens, mas também nos pais, avós, educadores, e em todos os que se interessam pela vida pública.
E inclui também no prefácio as lições de vida de vinte notáveis portugueses.