«O consumo de tabaco está em declínio a nível mundial, apesar dos esforços da indústria para comprometer os objetivos da Organização Mundial da Saúde (OMS)», conclui este relatório anual da OMS, divulgado na passada terça-feira, dia 17.
Segundo o documento, «existem atualmente 1,25 mil milhões de consumidores adultos em todo o mundo, ou seja, menos 19 milhões de fumadores do que há dois anos». Avança a Euronews que desde 2000, na sequência de campanhas e da criação de iniciativas antitabaco, «a OMS registou uma diminuição constante do número de fumadores, sendo que em 2022, se verificou que 1 em cada 5 adultos fumavam, em comparação com 1 em cada 3 em 2000».
O relatório sublinha que «150 países estão a reduzir com êxito o consumo». Para continuarem na direção certa, a OMS pede para «aplicarem políticas de controlo e lutarem contra a interferência da indústria do tabaco».
De acordo com Rüdiger Krech, diretor da Promoção da Saúde na organização, citado pela Euronews, «o continente europeu é, de um modo geral, mais lento a abandonar o tabaco. As taxas de consumo entre as mulheres da região são mais do dobro da média mundial e estão a diminuir muito mais lentamente do que em todas as outras zonas».
Atualmente, «a Região do Sudeste Asiático tem a percentagem mais elevada da população que consome tabaco, com 26,5%, e a região da Europa não fica muito atrás, com 25,3%», sendo que, até 2030, prevê-se que «a Europa tenha as taxas de tabagismo mais elevadas a nível mundial, com uma prevalência de cerca de 23%».