Num estudo publicado numa plataforma de informação científica, uma equipa de investigadores da Sociedade Britânica de Psicologia dividiu em dois grupos os 71 participantes saudáveis, com idades entre 19 e 77 anos, que foram recrutados para o efeito.
Com efeito, o primeiro grupo (37 participantes) deveria escrever sobre as experiências mais extraordinárias da sua vida, 20 minutos por dia, durante três dias consecutivos. As restantes pessoas (34) deveriam escrever a respeito de um assunto neutro, durante o mesmo espaço de tempo.
Os níveis de ansiedade, de todos os voluntários, foram assinalados antes e depois de completarem a tarefa do dia. Os investigadores registaram uma diminuição, significativamente, maior nos índices de ansiedade do primeiro grupo, do que nos indivíduos que escreveram sobre um tema neutro. Existindo, inclusive, sinais de terem melhorado a sua saúde física.
Um dos autores do estudo, Michael Smith, sugeriu que «uma vantagem de escrever sobre emoções positivas, para combater o stress e a ansiedade, é a simplicidade», pois, ao contrário de outras estratégias para melhorar o bem-estar psicológico, «essa tarefa não precisa de treino ou de recorrer a ajuda profissional», disse o professor associado da Universidade de Newcastle, no Reino Unido.
Todavia, ficam alguns reparos, por parte do professor de psicologia, às limitações deste estudo. Ora, «a exclusão de pessoas com uma condição psicológica diagnosticada», é um facto que não permite comprovar «se a técnica tem os mesmos resultados num ambiente clínico», alerta o especialista. Assim como, o método da pesquisa «assente na resposta a questionários não oferecer medidas objetivas de saúde mental e física», acrescentou Michael Smith.
Por fim, notou, também, «que a escrita emocional pode não ser para todos», pois alguns traços de personalidade, problemas em exprimir emoções ou desinteresse em escrever podem significar que, para algumas pessoas, «existem diferentes maneiras de lidar com emoções negativas», observa o professor de psicologia.