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Este artigo é para si, que costuma enjoar quando está numa viagem de autocarro ou de carro

5 Abril 2024
Sandra M. Pinto

Pesquisas descobrem os neurónios responsáveis pela desagradável sensação

Investigadores da Universidade Autónoma de Barcelona, em Espanha, realizaram um estudo que pode ajudar a desenvolver medicamentos mais eficazes para o enjoo de movimento e com menos efeitos secundários.

«Observámos ratos submetidos a condições que induzem náuseas para identificar neurónios específicos no cérebro associados ao enjoo de movimento», referem, «focámo-nos nos núcleos vestibulares, um conjunto de fibras nervosas no tronco cerebral ligadas ao ouvido médio, que ajudam a transmitir sinais ao cérebro que nos orientam durante o movimento».

São várias as teorias que sugerem que o enjoo de movimento é causado por um desajuste sensorial, onde sinais dos olhos e do ouvido interno informam o cérebro de que há movimento (quando não há).

Para identificar os neurónios responsáveis pelo enjoo de movimento, «inibimos vários subconjuntos de neurónios dentro dos núcleos vestibulares e depois submeteram os ratos a condições de rotação», esclarecem, «descobrimos que a inativação de um grupo de neurónios vestibulares, que expressam uma proteína chamada VGLUT2, preveniu eficazmente o enjoo induzido pelo movimento nos ratos».

Quando os mesmos neurónios foram ativados, induziram sintomas de enjoo de movimento nos ratos, mesmo sem rotação, explica o portal Science Alert.

Uma análise mais aprofundada mostrou que, dentro destes neurónios que expressam VGLUT2, células com um recetor chamado CCK-A foram em grande parte responsáveis pelos comportamentos de enjoo de movimento.

«O circuito destes neurónios foi mapeado para uma área do cérebro conhecida como núcleos parabraquiais, que regula a temperatura corporal, a supressão do apetite e a letargia», é ainda referido, sendo que «a estimulação destes neurónios provocou alguns, mas não todos, os sintomas de enjoo de movimento nos ratos».

O estudo foi mais além e tentou bloquear o recetor CCK-A com um composto farmacêutico, o que resultou numa redução dos comportamentos de enjoo de movimento. «Acreditamos que a identificação destas vias pode fornecer um alvo mais preciso para a medicação destinada a aliviar o enjoo de movimento», revelam os cientistas, «os medicamentos atuais antienjoo de movimento têm limitações, como causar sonolência e serem eficazes apenas se tomadas antes do início dos sintomas; já ss vias identificadas neste estudo em ratos podem oferecer uma abordagem mais refinada ao tratamento».