Em maior ou menor grau todos ” idealizamos o amor “. Enrique Rojas, psiquiatra e professor com mais de 500 mil seguidores nas redes sociais, fez um alerta: há sinais claros que indicam que não está apaixonado, mesmo que pense o contrário.
Numa publicação recente, o diretor do Instituto Espanhol de Pesquisas Psiquiátricas analisou com clareza o processo de se apaixonar, mas também fornece pistas valiosas para identificar quando esse suposto amor não passa de uma miragem emocional.
Para Rojas, apaixonar-se envolve três sintomas fundamentais: transtorno de atenção, cristalização e admiração.
Não pensa naquela pessoa o tempo todo
Um dos primeiros sintomas do amor verdadeiro, segundo Enrique Rojas, é o chamado transtorno de atenção.
“Sente-se tão absorvido que a sua mente e o seu coração se voltam repetidamente para aquela pessoa”, explica. Ou seja, os seus pensamentos são direcionados espontânea e constantemente para a outra pessoa.
Se isso não acontece consigo, se essa pessoa não lhe vem à mente ao longo do dia, se você não se importa se ela manda mensagem ou não, ou se não se anima com a ideia de vê-la ou conversar com ela, é bem possível que não esteja apaixonado, mas simplesmente confortável ou acostumado com isso. E essa nuance muda tudo.
Não idealiza as suas qualidades
Outro dos pilares fundamentais do enamoramento, segundo Rojas, é o que ele chama de cristalização: a tendência a ver o melhor nos outros, a atribuir-lhes qualidades nobres, positivas e admiráveis. É esse “algo” que nos leva a acreditar que estamos na presença de alguém especial, diferente e valioso.
“Uma pessoa apaixonada atribui à pessoa amada uma série de qualidades boas, positivas e nobres que poderiam existir”, comenta o psiquiatra. Se, por outro lado, você se concentra mais nos defeitos dela, se ela não lhe inspira admiração, se não sente vontade de ser uma pessoa melhor por estar com ela, o que você tem não é amor, é outra coisa.
Não precisa de partilhar a sua vida constantemente
O terceiro sinal do amor verdadeiro é o desejo profundo de estar com a outra pessoa, de compartilhar, conversar, comentar e viver juntos.
“Isso traz à tona a necessidade de comunicação , de discutir os pequenos e grandes incidentes da vida”, diz Rojas. Esse desejo vai além do sexo ou da atração física: tem a ver com a conexão emocional, com o anseio por cumplicidade.