Um estudo conduzido pela Universidade Charles Darwin (CDU) e publicado na revista Cells a 31 de janeiro sugere que um extrato de canábis, o PHEC-66, pode ajudar a combater o cancro da pele, ou melanoma.
Durante a investigação, os cientistas observaram que «a canábis desacelerou o crescimento de células de melanoma e aumentou as taxas de morte celular».
Referem os responsáveis pelo estudo que «isto se deve ao facto da substância se ligar a locais recetores em células específicas de melanoma, controlando o crescimento e aumentando a quantidade de danos às células malignas». Segundo eles, «esse dano que a canábis provoca à célula do melanoma impede a sua divisão em novas células, em vez disso, inicia uma morte celular programada».
Em comunicado divulgado pela universidade, os investigadores afirmam que « embora o uso de extratos de canábis para tratar uma variedade de condições de saúde seja estigmatizado, pesquisas futuras sobre a sua aplicação poderão revolucionar o tratamento do cancro».
Os cientistas avançam ainda que «o próximo desafio envolve desenvolver um sistema de entrega direcionado às células do melanoma», reforçando que «os sistemas avançados de distribuição ainda precisam de ser totalmente desenvolvidos, mas é importante manter esforços contínuos para assegurar a utilização adequada e eficaz destes agentes nos locais-alvo».
«A fase subsequente envolve estudos em animais ou ensaios pré-clínicos para validar e explorar mais a fundo a eficácia do canabinoide PHEC-66 no tratamento do melanoma e de outros cancros», afirmou Nitin Mantri, professor de biotecnologia na Universidade RMIT e autor principal do estudo.