Aproveitando que janeiro é o Mês de Sensibilização para o Cancro do Colo do Útero, os especialistas da INTIMINA, empresa que oferece a primeira empresa dedicada a cuidar de todos os aspetos da saúde íntima feminina, apresentam um guia sobre rastreio e prevenção.
O que é o Rastreio do Papilomavírus Humano (HPV)
O Rastreio de HPV é feito através de uma citologia, o Teste de Papanicolau, e serve para identificar o risco de desenvolvimento de cancro do colo do útero. O teste envolve a recolha de uma pequena amostra das células do colo do útero que é posteriormente analisada para a presença de HPV (Papilomavírus Humano). O HPV de alto risco é responsável por mais de 90% dos casos de alterações celulares que levam ao cancro do colo do útero e é por isso que a testagem é muito importante no rastreio. Se o teste for positivo para a presença de HPV, a amostra é então avaliada para procurar lesões ou alterações nas células.
O Teste de Papanicolau com Teste de HPV não identifica o cancro em si, mas sim alterações precoces que podem conduzir ao cancro do colo do útero se não forem tratadas. Se estas alterações forem encontradas, podem ser tratadas ou vigiadas, o que irá prevenir que o cancro se desenvolva.
Quando se deve realizar o rastreio de HPV?
A realização do rastreio está dependente de vários fatores e deve ser sempre recomendada por um médico que avaliará caso a caso.
Mas, de forma geral, em Portugal, de acordo com o Consenso da Sociedade Portuguesa de Ginecologia1, é recomendado realizar o Teste de Papanicolau com Teste de HPV, a partir dos 30 anos e até aos 65, de 5 em 5 anos.
Como é realizado o rastreio?
O Teste de Papanicolau é realizado em ambulatório, numa consulta no centro de saúde ou ginecologia, por um médico ou enfermeiro. O teste envolve recolher uma pequena amostra de células do colo do útero que será enviada para análise. A consulta pode demorar alguns minutos, mas o teste em si é bastante simples e rápido.
Requer apenas que a mulher se dispa da cintura para baixo, se deite de costas e apoie as pernas nos locais apropriados que facilitará a visibilidade e atuação do médico.
É utilizado um espéculo vaginal, mais conhecido como “bico de pato”, para auxiliar a abertura da vagina e a visibilidade do colo do útero. De seguida, é utilizada uma escova macia para recolher as células da superfície do colo do útero. Esta amostra é colocada num recipiente com um líquido próprio para que seja enviado de forma segura para o laboratório responsável pela análise. O espéculo é retirado e, rapidamente, o teste é finalizado.
Para muitas mulheres o teste é totalmente indolor. Ocasionalmente, algumas mulheres revelam sentir algum desconforto na inserção do espéculo. Esta sensação é mais comum nos casos em que as mulheres se sentem ansiosas e tensas pela realização do teste ou em outras situações clínicas que, neste último caso, devem ser comunicadas previamente ao médico, para que sejam tomadas medidas para que o teste seja o mais confortável possível.
O que acontece depois do teste?
Após o teste, a amostra será analisada e os resultados enviados por carta ou comunicados pelo médico que realizou o exame.
Cada médico terá o procedimento que acredita ser mais adequado, mas, de forma geral, com base no consenso mencionado, se:
– O teste for negativo para a presença de HPV e não existirem alterações celulares na citologia, o rastreio será repetido normalmente 5 anos depois.
– Nos casos em que o teste for positivo para a presença de HPV, mas sem alterações celulares na citologia, o médico recomendará a realização de novo rastreio após 12 meses.
– Quando, após o teste positivo, a citologia revela alterações celulares, o médico aconselhará a realização de exames adicionais, como uma Colposcopia.
Realizar check-ups anuais são uma forma de prevenção de problemas de saúde, na medida em que, se identificados cedo, se podem planear os tratamentos adequados antes que problemas de maior relevância se desenvolvam. No caso do cancro do colo do útero, estima-se que o Rastreio de HPV, quando realizado dentro da periodicidade aconselhada, previna até
75% de todos os tipos de cancro do colo do útero e 83% das mortes por cancro do colo do útero. Qualquer dúvida, ou questão, deve-se consultar um médico.