O vice-presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) avançou à Lusa que, no turno que se iniciou às 16:00, o “total de meios parados são 44”, a maioria dos quais ambulâncias de emergência médica nas cidades do Porto e Lisboa.
Segundo Rui Cruz, ao nível dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), estão a funcionar seis postos de atendimento do 112 no Norte, três no Centro, um em Lisboa e Vale do Tejo e “zero no Algarve”, cujas chamadas são reencaminhadas para os CODU de outras regiões.
Estes constrangimentos geram “inevitavelmente atrasos, quer no atendimento das chamadas devido ao número diminuído de técnicos que estão no CODU, e uma resposta mais demorada quando os meios são acionados, porque, para fazer face à carência de alguns destes meios, estão a ser acionados meios de outras localidades, que têm de percorrer uma distância maior para chegar até à vítima”, referiu o dirigente sindical.
Por volta das 18:00, de acordo com o STEPH, estavam cerca de 60 chamadas para o número de emergência 112 em espera a nível nacional, com uma diminuição do tempo médio de espera em relação ao turno da manhã.
Estes dados refletem a adesão à paralisação de hoje da administração pública, mas também à greve às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH).
O INEM confirmou que as greves de hoje dos TEPH estão a afetar o normal funcionamento da linha 112, recomendando que as pessoas não desliguem as suas chamadas até serem atendidas.
Depois de recordar que se deve ligar para o número europeu de emergência 112 “apenas em situações graves ou de risco de vida”, o instituto salientou ser “importante que o contactante não desligue a chamada enquanto não for atendido por um profissional, pois estas são sempre atendidas por ordem de chegada”.
“No caso de a chamada ficar em espera, os utentes devem aguardar que seja atendida pelos profissionais do CODU, ao invés de desligar e tornar a ligar. Esta ação vai colocar a chamada no fim da fila de chamadas em espera, apenas servindo para atrasar o atendimento da mesma”, referiu o instituto em comunicado.
De acordo com INEM, são atendidas, por hora, 28 chamadas que não são emergências médicas.
No último fim de semana, o CODU encaminhou 662 chamadas para a linha SNS 24 e registou ainda 1.408 ocorrências que não careciam de encaminhamento ou acionamento de meios de socorro.
“Ou seja, neste período, 18% do total de chamadas recebidas na central do INEM não eram emergências médicas”, adianta o comunicado.
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