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Investigadores portugueses descobrem como prevenir complicações pós-cirurgia ao coração

Investigadores portugueses identificaram alterações no organismo indicadoras de complicações pós-cirurgia cardiovascular, como lesões nos órgãos, sobretudo nos rins, uma descoberta que abre caminho a respostas alimentares e medicamentosas que evitem ou minimizem estes efeitos, disse à Lusa um dos autores.

Cada vez mais realizadas, a um ritmo de dois milhões por ano em todo o mundo, as cirurgias cardiovasculares são operações que acarretam riscos, sobretudo se efetuadas com recurso a circulação extracorporal, a qual assegura as funções do coração e pulmões enquanto o coração está parado para o procedimento cirúrgico.

Vários órgãos podem ser afetados durante estes procedimentos, como o próprio coração, o fígado e o pulmão, sendo o rim o que mais sofre e com uma maior probabilidade de entrar em falência.

Luís Ferreira Moita, investigador e professor na Faculdade de Medicina de Lisboa, é um dos autores da pesquisa, que resultou de uma parceria entre esta universidade e o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, contando com a participação, entre outros, do cirurgião cardiovascular Tiago Velho.

“Tentámos perceber quais eram os impactos a nível molecular, especialmente ao nível metabólico, que estes procedimentos tinham e que, potencialmente, de que forma é que poderíamos intervir para minorar as consequências da cirurgia”, contou à Lusa.

A equipa de investigadores descobriu que a cirurgia cardíaca com circulação extracorporal induz uma perturbação no metabolismo, maior do que os restantes tipos de cirurgia, caracterizada por um aumento do metabolismo proteico, que é o conjunto de processos bioquímicos envolvidos na síntese, degradação e utilização das proteínas no organismo.

“Em doentes que foram sujeitos à substituição da válvula aórtica, nós estudámos as alterações metabólicas durante este procedimento, e depois deste procedimento, e encontrámos assinaturas muito claras, causadas pela circulação extracorporal, que agora nos abrem a possibilidade para modificar estes fatores a nível molecular, seja com intervenções farmacológicas, seja mesmo com intervenções nutricionais antes da cirurgia, que poderão melhorar a taxa de sobrevivência e mesmo diminuir as consequências negativas deste tipo de cirurgias”, disse.

Com o impacto da intervenção em vários órgãos há muito conhecido, faltava saber como minimizar o mesmo, tendo em conta o papel fundamental destas cirurgias para melhor e salvar a vida dos doentes.

“O que nós percebemos é que assinaturas moleculares, em particular metabólicas, se associam a esta disfunção renal. Em particular, encontrámos marcadores, antes mesmo de começar a circulação extracorporal, que permitem prever com muita especificidade quais são os doentes que venham a desenvolver” complicações.

Na prática, a descoberta permite identificar, à partida, mediante exames prévios, os doentes que têm maior probabilidade de vir a sofrer disfunções nos órgãos, nomeadamente nos rins, e assim “tomar medidas para tentar diminuir, não só a gravidade, mas o número de doentes que têm problemas renais em consequência destas cirurgias”, disse Luís Ferreira Moita.

O investigador explicou que os metabolitos que identificaram são pequenas moléculas que medeiam o metabolismo, um tipo de moléculas que fazem quase tudo no organismo.

Desta forma, será possível averiguar quais são os metabolitos e perceber se estão a ajudar, ou seja, se estão a tentar melhorar as consequências destas intervenções, ou se, pelo contrário, são a causa destas disfunções de órgãos.

“E percebendo o que é o quê nós podemos, ou favorecer alguns destes metabolitos, destas moléculas, aumentar a sua expressão, ou podemos, pelo contrário, contrariar aquelas que podem estar a causar problemas”, prosseguiu.

Isso faz-se após estarem catalogadas as alterações e entendidas quais as que são benéficas e quais é que causam problemas, pela intervenção farmacológica, como fármacos que já se conhecem, ou através de intervenções nutricionais.

Como estas cirurgias são planeadas, na esmagadora maioria dos casos, os doentes podem alterar as dietas numa certa direção, nas semanas anteriores à intervenção.

“Os doentes podem fazer uma dieta diferente que pode ter, mesmo assim, um impacto importante na recuperação destes doentes, em resposta a este tipo de cirurgia”, indicou.

A descoberta, que envolveu o Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa e do Centro de Investigação dos Mecanismos da Doença da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em parceria com o Hospital de Santa Maria, foi publicada recentemente na prestigiada revista científica Intensive Care Medicine.

Segundo Luís Ferreira Moita, após a catalogação das alterações identificadas, a investigação prosseguirá em modelos animais e modelos pré-clínicos, nos quais serão causadas alterações para averiguar se são benéficas ou não.

“Algumas já sabemos que são benéficas, já podemos intervir neste lado, mas há uma série delas que ainda não é claro, que eram desconhecidas”, explicou.

E prosseguiu: “A outra coisa é, precisamente, começarmos a testar vários tipos de intervenções, quer farmacológicas, quer nutricionais, e vermos, em modelos pré-clínicos, de cirurgia cardíaca major, se há maior ou menor disfunção de órgão”.

“Uma vez tendo a certeza de qual é o impacto destas medidas, podemos avançar para ensaios clínicos nesses doentes e aumentar a sua qualidade de vida e mesmo a sua sobrevivência a longo prazo”, concluiu.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo.

SMM // ZO

Lusa/fim

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