A tireoide é uma glândula extremamente importante para o funcionamento do corpo humano. Localizada na região do pescoço, é responsável por ditar o funcionamento de todo o organismo através da produção das hormonas T3 e T4 — que determinam a velocidade com que diversos órgãos funcionam.
Qualquer tipo de disfunção na tireoide costuma prejudicar o corpo inteiro. Hormonas em falta causam hipotireoidismo, que é quando o organismo passa a atuar devagar. T3 e T4 em excesso, por sua vez, causam hipertireoidismo.
Contudo, existe uma outra condição pouco conhecida que pode ter consequências graves: a doença ocular da tireoide, uma inflamação na cavidade ocular que empurra os olhos para frente.
Também conhecida como orbitopatia ou oftalmopatia de Graves, a doença ocular da tireoide costuma gerar muitos incómodos que vão desde olhos para fora a estrabismo e perda de visão. Estima-se que cerca de 30% dos doentes com hipertireoidismo desenvolvem essa doença ao longo do processo.
De acordo com uma reportagem feita pela BBC, levantamentos internacionais mostram que a tireoide acelerada é uma condição que afeta entre 0,5% a 2% da população mundial.
Embora essa seja uma doença com maior prevalência entre mulheres, são os homens que costumam desenvolver casos mais graves. No entanto, os oftalmologistas garantem que a maioria dos casos apresentam menor gravidade e podem ser tratados.
Em casos mais complicados os olhos ficam para fora ou podem perder o movimento coordenado.
A doença ocular da tireoide é dividida em duas etapas: a ativa e a crónica.
A primeira dura entre 6 e 18 meses, quando o processo inflamatório se inicia e os primeiros incómodos aparecem.
Na segunda os tecidos acumulados começam a formar cicatrizes. De acordo com especialistas, é muito mais complicado tratar a doença no período de cicatrização do que no começo.