A queilite é inflamação aguda ou crônica dos lábios. De acordo com o msdmanuals.com, «pode ser causada por infeção, exposição ao sol, fármacos ou substâncias irritantes, alergia ou doença subjacente, sendo que a inflamação acomete principalmente o vermelhão labial e a borda do vermelhão. Edema, com enantema e dor; outras alterações podem ser rachaduras, fissuras, erosões, crostas e descamação».
«A queilite angular (estomatite angular) é a forma mais comum; inflamação, crostas, fissuras dolorosas, muitas vezes com maceração nos cantos da boca», é referido.
Esclarece o site que as causas típicas são
- Desgaste excessivo dos dentes ou próteses dentárias que não separam adequadamente as mandíbulas, criando dobras cutâneas nos cantos da boca nas quais há acúmulo de saliva
- Candida spp (ou algumas vezes Staphylococcus aureus)
- Deficiência de ferro, deficiência do complexo de vitamina B (sobretudo riboflavina e cobalamina)
O tratamento da queilite angular pode ser feito «pela substituição das próteses dentárias ou a restauração do tamanho adequado dos dentes com próteses parciais, coroas ou implantes, o que ajuda a reduzir as dobras nos cantos da boca e com o uso de antifúngicos (p. ex., creme de clotrimazol) e antibióticos (p. ex., pomada de mupirocina), ou suplementação de ferro ou vitamina B, como necessário».
São ainda avançadas no msdmanuals.com outras causas da queilite:
- Atrofia actínica: dano solar que causa atrofia e adelgaçamento da mucosa com erosões; predispõe a neoplasias
- Queilite eczematosa: lábios enantematosos e ressecados (algumas vezes denominados lábios rachados) geralmente causados por contato com substâncias irritantes ou, algumas vezes, por alergênios ou como parte da dermatite atópica
- Tipos raros de queilite são a queilite glandular, a queilite granulomatosa e a queilite plasmocitária. Crianças com a doença de Kawasaki podem apresentar lábios enantematosos, ressecados, edematosos e rachados, junto com língua de morango.
«Em geral, o diagnóstico é feito pela anamense e exame clínico. A queilite actínica com sinais de progressão (induração, ulceração e/ou espessamento) deve ser biopsiada para descartar carcinoma», avança o msdmanuals.com.
«O tratamento é feito com vaselina ou outros emolientes, bem como pela eliminação ou pelo tratamento das causas específicas. Na queilite actínica não maligna grave, pode-se considerar vermelhectomia (raspagem labial) ou ablação a laser com CO2. Pode-se minimizar o dano solar por meio da utilização de vestimentas protetoras como chapéus de aba larga e protetor labial contendo filtro solar tópico», conclui.