O movimento “No Wash” tem vindo a ganhar muita popularidade. Originalmente criado pela designer de moda britânica Stella McCartney, está, basicamente, assente numa única regra: «se não tiveres mesmo de limpar alguma coisa, não a limpes», afirmou Stella ao jornal The Observer.
O movimento apela a que as pessoas lavem menos a roupa e o cabelo, ou que não os lavem de todo, e tem como objetivo responder às preocupações com o aquecimento global.
Os detergentes com elevado teor de carbono têm um impacto negativo no ambiente e o mesmo se aplica à quantidade e utilização de água no banho.
Mas há mais…
As máquinas de lavar roupa são responsáveis por até 17% do consumo total de água e, com o aumento das despesas devido à crise do custo de vida, isto tem um impacto negativo nas faturas domésticas. Em suma, “não lavar” é também uma forma de poupar dinheiro.
Por hábito, um grande número de pessoas lava a roupa depois de cada utilização. Mas será que isso é necessário?
Trata-se sobretudo de uma questão de higiene e de como nos sentimos quando não estamos a usar roupa limpa. O suor é, normalmente, o principal culpado por se colocar a roupa na máquina de lavar, mas, para a maioria das pessoas, é pouco provável que a rotina diária de trabalho, por exemplo, num escritório, a faça suar.
Isto significa que a roupa pode durar algumas semanas sem cheirar mal. E também é possível alterar as roupas que usamos para incluir tecidos mais respiráveis, como o algodão. Ou incluir lãs, conhecidas pelas suas propriedades naturais de autolimpezas e inodoras.
Para McCartney, o local onde se vive é um fator chave para a facilidade com que se segue a tendência. Se vive num país quente, a transpiração é difícil de evitar e a lã não é definitivamente a melhor opção. Uma solução melhor do que uma política de “não-lavagem” é comprometer-se com lavagens frias e limitadas.