Um novo estudo mostra que, embora as hormons mudem com o jejum intermitente, isso pode não prejudicar a fertilidade.
Realizado na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, o estudo acompanhou mulheres com obesidade durante oito semanas. Elas seguiram uma dieta intermitente com quatro ou seis horas de alimentação sem contar calorias, seguidas de 18 ou 20 horas de água e nada mais.
Os cientistas compararam os níveis hormonais das mulheres com os de um grupo de controle. Os níveis de hormona globulina de ligação sexual, uma proteína que transporta hormonas reprodutivos por todo o corpo, não mudaram. Nem os níveis de testosterona e androstenediona, que o corpo usa para produzir testosterona e estrogénio. Os níveis de dehidroepiandrosterona, ou DHEA, mudaram. Essa hormona às vezes é usada por clínicas de fertilidade para melhorar a função ovariana e a qualidade dos óvulos. Durante o teste, caiu cerca de 14% em mulheres na pré-menopausa e na pós-menopausa.
Mesmo assim, os níveis de DHEA permaneceram dentro da faixa normal. Os cientistas explicam que «isso sugere que em mulheres na pré-menopausa, a pequena queda nos níveis de DHEA deve ser ponderada contra os benefícios comprovados de fertilidade da menor massa corporal, e a queda nos níveis de DHEA em mulheres na pós-menopausa pode ser preocupante, no entanto, porque a menopausa já causa uma queda dramática no estrogénio e o DHEA é um componente primário dela. No entanto, uma pesquisa com os participantes não relatou efeitos colaterais negativos associados à baixa estrogénio pós-menopausa, como disfunção sexual ou alterações na pele».