Marquês de Pombal: nem tudo foi dito sobre o governante e a prova chega agora

«Quantas vezes se tem a oportunidade de mudar um país e ao mesmo tempo derrubar os inimigos?»

Tendo como protagonista uma das mais controversas figuras da História, cuja influência ainda impera no imaginário coletivo português, El-rei, Nosso Senhor, Sebastião José, de Ana Cristina Silva, oferece-nos um retrato total do Marquês de Pombal. De forma notável e plausível, este romance revela como nunca antes as intenções e motivações pessoais e políticas deste homem que, 242 anos após a sua morte, permanece uma figura polémica e rodeada de enigmas. O livro chega às livrarias no próximo dia 16 de maio.

Sebastião José de Carvalho e Melo nasceu em 1699 e morreu em 1782. O que aconteceu, entre o primeiro e o último dia da sua vida, que fez dele o homem que foi?

Adotando-o como surpreendente herói ficcional que sobressai de uma galeria de personagens ambiciosa, este romance desvenda a linha em que se tocam a psicologia individual do homem e o jogo político de alto nível numa das mais importantes épocas da história portuguesa.

Começando no dia 1 de Novembro de 1755, «Dia de Todos os Santos em que o demónio saiu a semear o Inferno em Lisboa com tremendos abalos, vastíssimas ondas e intensas labaredas», e discorrendo sobre as memórias e as humilhações de Sebastião José antes e depois da sua ascensão ao poder, a forma como enfrentou os inimigos e os venceu, deixando-os sem terra onde semear mais injúrias, mas também o casamento, o nascimento dos seus filhos, a fortuna do amor – e os gritos suplicantes dos condenados pela ambição ou capricho do Marquês –, El-rei, Nosso Senhor, Sebastião José é uma história de ambição, paixão e traição desde a glória da vitória até à decadência do fim, ancorada nos factos históricos estabelecidos e escrita por uma autora no auge da sua capacidade literária.

Ana Cristina Silva nasceu em Lisboa e é professora universitária no ISPA – Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida na área de
Aquisições Precoces da Linguagem Escrita, Ortografia e Produção Textual. Autora de 16 romances e de um livro de contos, foi três vezes finalista do
Prémio Literário Fernando Namora (2011, 2012 e 2013), que venceu em 2017 com o romance A Noite Não é Eterna.

Recebeu também o Prémio Literário Urbano Tavares Rodrigues pelo romance O Rei do Monte Brasil, em 2012. Depois de Bela, biografia ficcionada de Florbela Espanca, e de À Procura da Manhã Clara, retrato ficcional de Annie Silva Pais, filha do último diretor da PIDE, publica agora El-rei, Nosso Senhor, Sebastião José, o seu terceiro romance com chancela Bertrand Editora.

Ler Mais